SEM PESSIMISMO...

A presidente Dilma Rousseff  (PT) conseguiu reunir na última quinta-feira, em Brasília, todos os governadores e recebeu apoio unânime à luta do governo para aprovar o “arrocho fiscal” proposto pela sua equipe econômica.  Os governadores evidentemente não têm direito a voto, mas podem influenciar suas bancadas no Congresso Nacional a aprovarem tais medidas que, com certeza, poderão até equilibrar a economia nacional, mas em contrapartida acarretarão mais sacrifício ao bolso da população, já sacrificada com os altos juros, inflação disparando, desemprego aumentando, enfim, o salário encolhendo. Crescente, mesmo, só a corrupção e o descontrole do governo que gasta além do que arrecada.

          Não somos especialistas no assunto e nem carregamos o pessimismo de alguns políticos da oposição, que não vêem outra saída para o Brasil, senão o afastamento de Dilma do governo pelos tropeços que ela cometeu no exercício do mandato. Existem, nos bastidores, inúmeras sugestões para, uma vez postas em prática, interromper as “pedaladas” da presidenta neste segundo mandato de vacilações, enganações e imprudências.

         O governo quer, também, que o Congresso volte atrás na sua recente decisão de aprovar o aumento salarial dos servidores do Poder Judiciário e dos aposentados que ganham acima do salário mínimo, vetados por ela com toda autoridade e/ou autoritarismo que Deus lhe deu. Acatando os vetos os parlamentares confessam que foram irresponsáveis ao aprovar tais matérias, não levando em consideração a situação econômica e precária do país, observa analista, o óbvio.

        A presidente Dilma Rousseff promove corte nas verbas da educação e da saúde. “Picota” recursos de tudo em que é lado, mas não diminui o número de ministérios. Ao contrário, abre as torneiras do empreguismo, para favorecer parlamentares aliados nos primeiro, segundo, terceiro e quarto escalões do governo, mantendo a abominável política do “troca-troca” no âmbito da administração pública.

        Que a presidente vetaria os projetos de reajuste salarial, ninguém tinha dúvida. Assim como ninguém duvida que o Congresso Nacional acate tais vetos, para decepção dos milhares de aposentados, pensionistas e servidores do judiciário. A pedido da chefe, os governadores aceitaram entrar nessa batalha e, acreditem, vão conseguir influenciar os seus aliados na Câmara e no Senado, na hora do voto, decidirem a favor do governo.

DISPUTA MUNICIPAL

              Na capital e no interior do estado a disputa pelo cargo de prefeito já começou. Cada partido, para início de conversa tenta viabilizar nomes capazes de mexer com a população que anda, digamos, desestimulada com relação à política partidária, pelas razões que todos conhecem. Mas vale apenas lembrar: “a gente vota, luta por um candidato que promete atender nossas reivindicações, mas, depois de eleito, esquece os compromissos assumidos” – isso é revoltante.

              Político só dá atenção ao povo nas eleições, quando precisa do voto, mas depois de eleito não atende ninguém, a não ser os “seus” – desabafou um leitor durante um bate-papo com o colunista, na última sexta-feira, enquanto fazíamos “uma fezinha” na loteria do Chico Pão.

                Bom, os partidos estão se organizando, e em pequenos municípios a disputa ganha conotação com o grande número de pretendentes de olho no cofre das Prefeituras. Sim, porque o que se constata na maioria dos municípios são obras inacabadas, empresa recolhendo materiais porque não recebeu dinheiro, denúncias de corrupção e outras mazelas inexplicáveis e inaceitáveis. Mas, na hora H o povo vai às urnas e vota... Tem mil razões “para morrer!”

REMÉDIO PARA ESTRESSE

            O melhor remédio para o estresse é levar a vida descontraída. Não irresponsavelmente. Não levar a sério, por exemplo, as decisões tomadas pelos parlamentares Brasil a fora, porque a maioria deles volta atrás, de acordo com as suas conveniências. Para essa gente, o que é certo hoje, amanhã poderá não ser. E o engraçado são os argumentos, que eles utilizam tentando justificar a mudança de posição e aí a dúvida: seremos nós ou eles os palhaços?  Às vezes fico assistindo a TV Senado, a TV Câmara, a TV Assembleia. Com o controle da televisão na minha mão (esse controle é meu) me divirto um pouco e não tenho estresse... É bom!

CPI DA SAÚDE

           Tai um tema que precisa ser acompanhado por todos. Dos 42 deputados estaduais, 29 assinaram o requerimento pedindo a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas irregularidades ocorridas na Secretaria de Saúde do Estado, na gestão do ex-deputado Ricardo Murad (governo Roseana Sarney). Pois bem, comenta-se nos bastidores da Assembleia Legislativa que alguns deputados já retiraram ou estão pensando em retirar suas assinaturas do documento, o que inviabilizaria a instalação da CPI.

           Há, também, o medo. É que alguns deputados estariam envolvidos direta ou indiretamente com determinadas “ações suspeitas” levadas a efeito na referida secretaria. Esses deputados, dizem, estariam tremendo de medo de Ricardo Murad – que nunca “teve papas na língua” abrir o verbo e envolvê-los nas supostas práticas irregulares.

Diante de tudo isso, há alguém em sã consciência, que acredite em CPI ou em mais uma pizza? Vamos acompanhar. 

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