O Tribunal
Superior Eleitoral deverá julgar o processo interposto pelo ex-governador José
Reinaldo Tavares, pedindo a cassação do mandato da governadora Roseana Sarney e
do seu vice, Washington Luís, por abuso de poder econômico na campanha de 2010,
nos próximos 60 dias, segundo avaliação de juristas. A última testemunha de defesa,
deputado Chiquinho Escórcio, finalmente foi ouvida na última terça-feira.
Limitou-se a dizer que não sabe de nada, que não viu e nem ouviu absolutamente
nada.
Convênios
assinados com prefeituras e associações, no mês de junho de 2010, principal
objeto das denúncias, somam R$ 1 bilhão (um bilhão de reais) inclusive no dia
da Convenção Partidária que homologou as candidaturas de Roseana e Washington a
governadora e vice-governador, respectivamente. O autor da ação, ex-governador
José Reinaldo tem dito que por muito menos disso, ou seja, por denúncias muito
menos graves, o mandato de Jackson Lago – de saudosa memória – foi cassado,
As testemunhas
de defesa dos acusados não contribuíram para minimizar as acusações, cabendo
aos advogados a tarefa de explicar as razões que levaram a governadora a
cometer o suposto crime, pelo qual é acusada. De qualquer maneira, encerrada a
fase de ouvir as testemunhas – postergadas pelos advogados e pelo próprio TRE –
agora acusação e a defesa fazem as considerações finais, o Ministério Público
se manifesta e o TSE julga. Caso o rito não seja alterado, calcula-se que dentro
de dois meses esse episódio terá se encerrado.
DE CARONA
E a governadora
Roseana Sarney foi ao encontro da presidenta Dilma Rousseff, nos Estados
Unidos, de carona em um jatinho de propriedade do ex-prefeito de São Luís e
empresário do setor de educação, Mauro Fecury. Roseana não nega ser amiga de
Fecury, como é do conhecimento de todo o Maranhão. Amigos e aliados políticos
há décadas. O ex-ministro do Trabalho, Carlos Luppi pegou uma carona de avião e
perdeu o cargo...
SUCESSÃO
MUNICIPAL
Os partidos de
oposição à governadora do estado e ao prefeito João Castelo tentam se organizar
para lançar um candidato à Prefeitura de São Luís, nas eleições de outubro.
Seria a chamada terceira via. Acontece que o PSB quer Roberto Rocha liderando a
chapa, o PPS Eliziane Gama e o PP, Tadeu Palácio. Os três se dizem opositores a
nível estadual e municipal. O PPS faz oposição, também, ao governo federal e é
aliado ao PSDB de João Castelo. Tadeu nasceu politicamente nos braços da
oligarquia, fez estágio no PDT depois de eleito vice do então prefeito Jackson
Lago, recentemente passou pelo governo de Roseana e pelo PMDB. Foi secretário
de Turismo e só em 2011, depois de perceber que não teria espaço para ser o
candidato da oligarquia, desceu à planície, filiou-se ao PP e agora tenta
viabilizar sua candidatura, com cara de oposição.
Roberto Rocha
(PSB) foi tucano até recentemente. Agora, dizendo-se opositor de Castelo luta
no campo das chamadas esquerdas para viabilizar-se como candidato e Eliziane
Gama (PPS) faz o mesmo esforço. O PCdoB, assim como o cacique José Sarney
alimentam maior esperança (falando-se ainda da terceira via) no nome do jovem
deputado Edvaldo Holanda Júnior (PTC). PCdoB e PMDB caminham juntos no apoio
irrestrito ao governo de Dilma Rousseff. A outra via “inviável” é o deputado
Bira do Pindaré (PT) que, hoje, deverá perder a indicação do partido para o seu
concorrente Washington Luís, da chamada ala prol Sarney do PT maranhense.
ENQUANTO
ISSO...
Com a saúde
recuperada o prefeito João Castelo retoma a sua agenda de inaugurações, no
setor de saúde, em São Luís e autoriza o início de novas obras e serviços de
interesse da população que o avalia como um bom administrador, preocupado em
atender as reivindicações das comunidades. Segundo avaliação de observadores
atentos e de lideranças políticas mais identificadas com as aspirações
populares, a única “contribuição” que esses partidos de “oposição” podem dar é
levar a decisão do pleito de outubro para o segundo turno. E que João Castelo
certamente terá “vaga” assegurada contra o outro que poderá ser o candidato
oficial da máquina estadual, comandada pela governadora Roseana Sarney. A
preferência da oligarquia é, em primeiro lugar, Washington e, em segundo,
Edvaldo Holanda Júnior (PTC), merecedor da simpatia dos dirigentes do PCdoB
local. Agora durma com uma confusão dessas...
DEFINIÇÕES
Nos 217
municípios as articulações para formação de alianças entram na fase de
afunilamento. Os partidos com menos chance de apresentar candidatos viáveis,
com possibilidade de vitória estão preferindo as coligações com siglas mais
poderosas, com amplas possibilidades de vitória. Em alguns casos é melhor
participar do que tentar comandar e perder tudo. O problema maior é que quando
os candidatos de oposição se unem terminam rompendo porque todos eles querem
liderar a chapa em formação. Isto é: cada um se acha mais forte do que o outro.
Aí o caldo derrama.
EM SÃO JOÃO
BATISTA
Em São João
Batista o ex-prefeito Eduardo Dominici (PDT) coordena e lidera o movimento para
que seja indicado pelo seu grupo político, um único candidato, para enfrentar a
prefeita Surama Soares que perdeu a eleição para ele em 2008, mas chegou ao
poder por decisão judicial: tapetão. Entre os quatro postulantes, segundo a opinião
geral, dois se destacam com possibilidade de vitória: Amarildo Pinheiro (PP) e
Washington Cotrim (PCdoB). Na última reunião do grupo, realizada sábado da Aleluia,
naquele município, Dominici garantiu que no início de maio reunirá todo o grupo
para definir o nome do candidato que reúne maior apoio da população, segundo
pesquisas amplas e confiáveis que serão realizadas nos próximos dias. “Queremos
ouvir a opinião do povo e mostrar pra vocês a realidade. Não queremos nos
enganar nem enganar vocês” – disse Eduardo Dominici.
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