Todo mundo sabe que o maior problema do Brasil é a corrupção. Os condenados, detentores de mandatos jamais haviam sido presos. Agora, com os protestos manifestados pelo povo, tudo indica, haverá mais cuidados por parte dos praticantes desse crime, que passará a ser hediondo, portanto, terá penas mais duras aos que ousarem continuar com essa prática. Acabar definitivamente é missão impossível. Acredita-se na diminuição do crime. Não é à toa que o nosso país é um dos campeões “nessa modalidade”.
Têm-se exemplos típicos constatados em quase todos os municípios brasileiros, no relacionamento entre os poderes Executivo e Legislativo. Quando o prefeito não tem a maioria dos vereadores, ao assumir recebe “adesões” de quantos ele precisar para reforçar sua base de apoio. O que eles chamam de adesão, na verdade é cooptação e isso custa dinheiro e empregos para familiares e cabos eleitorais do “adesista”. Mas não fica só nisso. Preservadas as exceções, a maioria dos vereadores brasileiros, para apoiar o prefeito, cobra mensalmente uma “complementação salarial mensal” que varia entre R$ 2.000,00 a R$ 5.000.00.
Como diria Boris Casoy, “isso é uma vergonha!” e uma deslavada corrupção. Não se sabe como as prefeituras conseguem prestar contas desse dinheiro desviado dos cofres públicos para manter os insaciáveis “representantes do povo”, que, para o que fazem (quase nada) ganham um bom salário. Esse assunto é de domínio público, comentado em todos os municípios, mas nunca se tomou conhecimento de uma investigação de iniciativa do Ministério Público, o que não deixa de ser um fato surpreendente e questionável.
Portanto, é cada vez mais difícil alguém de sã consciência, acreditar que a corrupção no Brasil será definitivamente debelada. No parlamento em geral, nos ministérios e em outros poderes, o “toma lá dá cá” funciona com normalidade e naturalidade. Parece realidade inserida na nossa cultura: sem grana não anda, debanda. As eleições vêm aí e, com ela, a distribuição de dinheiro ilegal vai bombar!...
ROMPIMENTO POLÍTICO
O que era previsível desde o início da administração do prefeito Amarildo Pinheiro, de São João Batista, aconteceu: o rompimento político dele com o ex-prefeito Eduardo Dominici que liderou o seu grupo político no apoio ao atual mandatário municipal. Os comentários sobre as divergências entre eles são antigas, mas o desfecho foi no último dia 30 de junho (domingo passado). Não dá para avaliar, no momento, quem perde ou quem ganha com esse rompimento aparentemente prematuro.
O tempo se encarregará de mostrar se um deles teve razão ou se ambos foram precipitados na tomada de posição tão radical. Como amigo dos dois líderes, continuarei acompanhando as conseqüências desse episódio e informando com imparcialidade aos leitores o seu desdobramento. Como ex-vereador, militante político no município integro o grupo que elegeu e reelegeu Eduardo Dominici, respectivamente, em 2004 e 2008, e, que elegeu Amarildo Pinheiro em 2012, reservo-me o direito de colher mais informação, sobre as razões de cada um deles, para opinar sobre o fato, que, através do diálogo, acreditam alguns, poderá ser reversível.
Eduardo Dominici anunciou que neste final de semana estaria em São João Batista. Amarildo, que estava lá desde terça-feira, teria retornado ontem (sábado) a São Luís e que amanhã (segunda feira), viajará para Brasília, onde cumprirá agenda de compromissos com parlamentares maranhenses e nos ministérios. Retornará quinta-feira.
RENAN USA VOO DA FAB
O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta sexta-feira (5) que vai devolver R$ 32 mil aos cofres públicos devido ao uso de um voo da FAB (Força Aérea Brasileira) no último dia 15 de junho, para fins particulares. Segundo a “Folha de S.Paulo”, Renan requisitou um avião modelo C-99 para ir de Maceió a Porto Seguro (BA), onde participou do casamento da filha do senador Eduardo Braga (PMDB-AM).
“Antecipadamente, o senador está recolhendo aos cofres públicos os valores – R$ 32 mil – relativos ao uso da aeronave em 15 de junho entre as cidades de Maceió, Porto Seguro e Brasília, objeto de dúvidas levantadas pelo noticiário”, diz a nota oficial divulgada hoje pela presidência do Senado.
Ontem, Renan foi questionado pelos jornalistas se devolveria o dinheiro à União e respondeu: “claro que não”. Ele afirmou ainda que “o presidente do Senado tem direito a avião da FAB (Força Aérea Brasileira)”. “O avião da FAB usado para o presidente do Senado é um avião de representação. E eu utilizei o avião como tenho utilizado sempre, na representação como presidente do Senado Federal.”
“Folha de S.Paulo” revelou que o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, também fez uso de aeronave oficial em final de semana, o ministro saiu de Brasília na sexta-feira passada, às 6h, com destino a Fortaleza para cumprir agenda oficial na cidade de Nova Morada (CE). O compromisso acabou pela manhã, e, em vez de retornar à capital, o ministro foi direto para o Rio de Janeiro, onde não tinha compromissos oficiais.
O documento também afirma que o ministro voltou a Brasília em voo comercial, e não informa se Alves pretende ou não devolver o dinheiro gasto aos cofres públicos.
No entanto, segundo a nota, ele decidiu mudar o itinerário e avisou a mudança ao Comando da Aeronáutica. “Ao final da cerimônia oficial no Ceará, em vez de retornar a Brasília, ou mesmo a Natal, como lhe facultava o art. 4º do Decreto n.º 4.244/2002, a aeronave da FAB o levou diretamente ao Rio de Janeiro. ”
Garibaldi é primo do presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que também usou avião da FAB para ver o mesmo jogo da seleção no Maracanã, em que levou sete convidados de Natal para o Rio. Alves disse que ressarciu o dinheiro das passagens aos cofres públicos. (Blog do Djalma Rodrigues)
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