O Café Literário de agosto traz como estrela a poesia, a grande arte da tradição maranhense.
No próximo dia 20, terça, o ensaísta e crítico paraibano José Mário da Silva (foto), palestrará sobre o tema “A Poética de Cassas: A Síntese Cosmogônica de Tudo,” no Centro de Criatividade Odylo Costa, filho, na Praia Grande, na 27ª versão do Café Literário, para um público amante de literatura e bons papos.
José Mário da Silva abordará o caráter polifônico, caleidoscópico, múltiplo e plural da obra “A Poesia Sou Eu”, Poesia Reunida, de Luis Augusto Cassas, em 2 volumes, recentemente lançada pela Imago Editora, e que reúne 16 livros éditos e 4 inéditos do autor, em quase 1.400 páginas. Após breve debate do palestrador com a plateia, o poeta autografará a sua obra aos presentes.
A poesia de Cassas habita a convivência entre o esotérico e o popular, o místico e o mítico, o social e o existencial, o cósmico e o sentido da vida, navegando entre cartas de tarô e iniciações barrocas. Em seu pensamento lírico a fome de infinito e sede de eternidade casam-se com as cintilações do cotidiano e os elementos do existir. Celebra o amor e a sabedoria, mas não teme meter o dedo nas feridas da vida.
Muitos de seus livros de poemas já foram incorporados à nossa paisagem literária e ao gosto popular, como República dos Becos, A Paixão Segundo Alcântara, Rosebud, O Retorno da Aura, Liturgia da Paixão, O Shopping de Deus @ A Alma do Negócio, Ópera Barroca, dentre outros.
De índole solitária, avesso a academias e “igrejinhas”, no pórtico da sua obra está anunciado, após o título e nome do autor, “mestre em becos, phD em ladeiras, ofm das águas do Maranhão”.
Em sua autobiografia inventada, com humor sutil, assim se autodescreveu: “Nasceu longe, como as utopias, desenvolvendo a vocação para o horizonte. Trilha o caminho do meio, mas há risco de abocanhar o inteiro. Após ciclo de mortes e transformações, novo nascimento entre duas palavras. Tendência à profundidade, por estar sempre em queda.”
Ao completar 60 anos, a Imago Editora lançou a edição de sua Poesia Reunida, em primorosa edição encadernada, em 2 volumes, que ele entrega agora à cidade de São luís, afirmando que é seu “imposto verbal e tributo lírico, fruto de seu suor e paixão à causa do verbo, e à circunstância de sua alma universal e ludovicense”.
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