Convencionou-se o segundo domingo do mês de maio como o Dia das Mães. Embora saibamos que elas merecem todos os dias o nosso carinho, respeito, amor, dedicação... Hoje é um dia especial. O comercio faz promoções, filhos compram e dão presentes. É um dia de reflexões. De demonstração de sentimentos. De sentir saudade de tempos que já se foram. De sofrimento para aqueles que não tem mais o direito de vê, abraçar e beijar aquela que lhe deu a vida.
Conheço particularmente uma grande mãe que perdeu os pais, irmã, marido e dois filhos. Uma mãe, apesar da dor resignada: a minha mãe. Aos 84 anos, lúcida resiste ao revés da vida e, às vezes, indaga antecipando o pedido de perdão a Deus: “por que, eles se foram e não eu?” Não se trata de egoísmo – justifica-se – “mas é sofrimento demais para uma só pessoa” - acrescenta.
E nós, que ainda estamos aqui, como sobreviveríamos sem a sua presença – perguntamos. E ela adere ao silêncio. Ao pensamento profundo ao qual ninguém tem o poder de penetrar nem de medir o tamanho e a grandeza desse sentimento.
Considero o dia de hoje como um misto de alegria, de sofrimento, e de reflexões principalmente para os filhos que não tratam dignamente a própria mãe. Que abomine a brutalidade e a insensatez. Que valorize ao extremo quem lhe deu a vida. Quem cuida ama e quem ama cuida, não mata nem maltrata.
Ao fazer este comentário, lembrei-me de uma passagem do livro “A Última Grande Lição” do americano Mitch Albon, tradução de José J. Veiga sobre a vida do professor, também americano Morrie Schwartz, que acometido de uma doença rara e incurável chamada esclerose lateral amiotrópica (ELA) praticamente impossibilitado de cuidar do próprio corpo disse (...) “ Não é só o amor, é também fazer os outros saberem que senti tanta falta quando a minha mãe morreu, falta do que eu chamo de segurança espiritual, de saber que existe uma família cuidando sempre da gente. Nada substitui isso. Nem dinheiro. Nem fama... Nem trabalho.”
Às Mães de todo o mundo especialmente à minha, à dos meus filhos e às mães dos meus netos, desejo muita paz, felicidade e a benção de Deus; resignação por supostas perdas; compreensão com os que ainda enfrentam o dia a dia pela sobrevivência neste país de desigualdades sociais, de muito egoísmo, mas, apesar de tudo, amado pelos seus bravos filhos.
EM SÃO JOÃO BATISTA
O prefeito Eduardo Dominici autorizou à Secretaria de Educação que promovesse “Festa Para as Mães” em todas as escolas da rede municipal de ensino e, através da Secretaria de Ação Social, fez sorteios de presentes em vários povoados do município durante a semana. Parabéns pela iniciativa. Parabéns para todas as mães joaninas.
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