SORRIA, SARNEY ESTÁ SOLTO...

O senador José Sarney esta livre e solto, armando os esquemas que lhe interessam. A prisão do ex-governador José Reinaldo e do secretário Ney Belo, filho do ex-governador Newton Belo, outro desafeto dele, o deixou feliz. Vingou-se. A jornalista Alcinéia Cavalcante, do Amapá, revelou através do seu blog os encontros do senador com um delegado da Polícia Federal e com técnicos da Controladoria Geral da União nos dias que antecederam a “bomba”. Premeditadamente ou não, as empresas de rádio e TV dos Sarney envolveram os nomes do governador Jackson Lago e do ex-secretário João Dominici. Depois retificaram a “informação”, mas, o estrago já estava feito. Lembraram e repetiram várias vezes a questão das estradas fantasmas. Só não falaram da mais famosa delas – a Paulo Ramos – Arame – paga por Roseana e Jorge Murad e que se constituiu em um dos maiores escândalos do governo Roseana.

E é exatamente aí que pretendo centrar este comentário. Por que, para uns a justiça é implacável e para outros, cega? O ex-deputado Aderson Lago e o atual deputado federal Domingos Dutra quantas vezes denunciaram, com provas irrefutáveis as “maracutáias” do governo Roseana / Jorge Murad? O que se apurou? O que aconteceu além da prisão de quase R$ 1,5 milhão no escritório da Lunus, empresa deles? O que aconteceu? Simplesmente o dinheiro de origem duvidosa voltou aos bolsos do notável casal.

O que se pode dizer das informações privilegiadas, das quais eles tiram proveito? Todos os leitores lembram que dois dias antes do Banco Santos sofrer intervenção, o senador retirou R$ 2 milhões que estavam aplicados naquela instituição. A Capof, por exemplo, está considerando como perdidos os R$ 5 milhões que tinha aplicado na instituição. Sarney não perde nada. Quando Roseana resolveu construir a estrada São Luís / Barreirinhas, lógico que a valorização das terras na região seria grandiosa. Quem foi o primeiro a investir lá? Jorge /Roseana e alguns amiguinhos.

E os escândalos da Usimar, fábricas de confecções de Rosário e Matinha; Salangô, estrada Paulo Ramos / Arame, enfim, uma gama de acontecimentos que mancharam a vida pública maranhense? Tudo no esquecimento... No caso do ex-governador José Reinaldo ter se beneficiado com dinheiro público, que pague. É dele a responsabilidade pelos atos irregulares supostamente cometidos. O que não é justo é tantos outros que cometeram crimes de improbidades se beneficiarem com o “premio” da impunidade. Dois pesos e duas medidas é fato abominável.

Democracia na visão dos conservadores a lá Sarney é dá ao povo o direito de votar e de ser votado, eleger os amigos e comparsas obedientes, de falar a palavra como retórica demagógica e ganhar votos. Democracia, no entanto, quer dizer muito mais que isso. É participação efetiva do coletivo nas decisões de governo. É respeitar a soberana vontade popular. É aceitar (democraticamente) a decisão da sociedade, quando ouvida através das urnas ou de outras manifestações. Com nada disso Sarney concorda. O forte dele é impor (democraticamente), fazer valer a sua vontade, perseguir quem ameaça a sua “brilhante” trajetória de homem público.

Zé Reinaldo ousou desafia-lo. Jackson quer libertar o Maranhão. Isso, para ele que sempre usou o nosso estado como feudo para sustentar inabalável a alcunha de dono do Maranhão, é uma agressão. Com a derrota imposta pelos maranhenses à sua filha em 2006 ele ficou abatido. Mas não morreu. Continua vivo armando todos os esquemas possíveis para alimentar o seu instinto vingativo. Que se cuide o governador Jackson Lago porque os puxa saco da ex-oligarquia estão aí felizes, alardeando pelos quatro cantos do estado: sorria, Sarney está solto... E eu diria: infelizmente!

O BEM E SARNEY
O BEM – Banco do Estado do Maranhão foi instituído no governo Newton Belo. Sarney criou o BDM – Banco de Desenvolvimento do Maranhão que, segundo antigos funcionários do BEM, para tirar do prego os amigos de então. Aqueles que o ajudaram (quando ele era pobre de marré marré), especialmente na campanha de 1965 ao governo do estado. Não deu outra: anos depois faliu e todo o passivo e funcionários, de quebra, foram incorporados ao Banco do Estado do Maranhão. No governo da filha Roseana, o BEM foi vendido, depois de um investimento de mais de R$ 330 milhões, pela bagatela de R$ 78 milhões. Missão cumprida. Esse é o “bem” que essa gente tem feito ao Maranhão...

FÓRUM DE CULTURA
Participei no último dia 16, representando o prefeito de São João Batista, Eduardo Dominici do Primeiro Fórum de Cultura da Região dos Lagos, na cidade de São Bento. O secretário Joãozinho Ribeiro foi representado pela secretária adjunta Mayre Ferreira. As palestras seguidas de debates, com vistas à democratização e municipalização das ações da cultura preconizadas pelo governo Jackson Lago estão sendo recebidas com euforia em todo o interior maranhense. No próximo domingo darei mais detalhe sobre o assunto.

FLÁVIO DINO
Os funcionários aposentados do Banco do Estado do Maranhão que há anos lutam para receber diferenças salariais, através da justiça, do Bradesco (liquidante do BEM) apoiaram Flávio Dino que prometeu se mobilizar nesse sentido para ajudá-los na concretização desse direito. Os trabalhadores ganharam à causa em todas as instâncias, mas, o Bradesco reluta em cumprir a sentença, confirmando que os poderosos não respeitam a máxima que diz: “decisão da justiça não se discute, cumpre-se”. Se não estou enganado, isso é convicção de pobre...

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