A pergunta do título deste comentário foi feita, logicamente, por um sarneysta doente. Evidentemente não tenho uma resposta pronta. Mas poderei juntamente com você, caro leitor, divagar sobre o tema. O ex-governador José Reinaldo conviveu com ele várias décadas. O atual governador Jackson Lago, segundo a senadora Roseana Sarney (debate na TV Difusora na última campanha) teria sido aliado dela na eleição para prefeito em 2002. Ele disse, na oportunidade que ela sim, observando que perderia a eleição juntou-se a ele. Ficou no ar a interrogação: quem estaria falando a verdade? A senadora perdeu. Deduz-se assim que o povo acreditou no Jackson.
De lá para cá a impressão que a sociedade tem é que o governador, o ex-governador e todos os outros adversários da decantada oligarquia cruzaram os braços e as armas. Enquanto ele (Sarney) continuou lutando – não se questiona os métodos – para atrapalhar a vida dos mais notáveis da política local – Jackson e Zé Reinaldo. Com as informações que ambos devem ter sobre a real situação do Maranhão e a responsabilidade deles – que faziam parte da ex-oligarquia - no que se refere à situação caótica do estado, não poderia haver trégua. Quem deve tem que pagar e eles – Sarney, Roseana, Jorginho e companhia devem e deixaram de ser cobrados. Por quê?
Ética? Esse pessoal não conhece o significado dessa palavra. Talvez, nem a palavra. Os adversários do senador Sarney o temem. No então governo de Zé Reinaldo era notória a presença de aliados da ex-oligarquia. No governo Jackson Lago essa prática continua. Por quê? Medo de desagradar quem os ameaça. Aquele que continua sendo o manda-chuva no Maranhão? Ainda muito jovem acompanhei a “virada” de 1965 quando Sarney foi eleito governador. Não sobrou nada do “vitorinismo” nem do “newtismo”. A limpeza foi geral. Depois disso, muda governo, mas os Sarneysta continuam dentro, observando e passando informações ao “chefe”.
Jackson agora reagiu com firmeza ao abrir mão do sigilo bancário e fiscal. Mas não se completa aí uma jornada. Deveria exigir que Roseana e Jorginho fizessem o mesmo assim como o senador José Sarney, este último autor de uma emenda ao orçamento da União destinada à construção do aeroporto de Macapá, cuja construtora executora da obra é a Gautama, citada como pagadora de propina a políticos do Brasil.
O Jornal Pequeno tem insistido na apuração de denúncias de irregularidades na aplicação de mais de R$300 milhões nos serviços de ampliação do Projeto Italuís (governo Roseana) que estaria sendo analisado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e que, considerando a constatação de superfaturamento, deveria ser mais bem investigado.
O governador Jackson Lago, o ex-governador José Reinaldo demonstram que estão dispostos a mostrar, literalmente, que são pessoas honestas. Ótimo. Mas devem, também, valerem-se da autoridade política e moral para exigirem que faça uma investigação severa na vida pública dos seus adversários. Guerra é guerra e não pode ser confundida com briga de comadres...
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