Os hospitais de São Luís estão superlotados de pessoas com o mais variado tipos de doenças. O desemprego assusta e revolta. A corrupção empesta os poderes da República. Senadores debocham da população e aumentam os seus próprios salários. Professores e estudantes promovem greves e manifestações de protestos. Milhões de brasileiros famintos clamam pelo pão de cada dia; pelo medicamento que precisam para continuar vivos. Esse é o retrato em preto e branco de um país onde as cores predominantes são o verde e o amarelo. Um país de políticos corruptos e empresários corruptores, ressalvadas as exceções.
O Socorrão (único pronto socorro de urgência e emergência) pede socorro. Leitos, macas, quartos, enfermarias, UTI e até os corredores estão cheios de pobres enfermos. Funcionários trabalham sem descanso. Ganham uma miséria e ainda perdem gratificações. Já assessores, normalmente parentes de diretores de hospitais, prontos socorros e postos médicos, são aquinhoados com recheados contras-cheques. Prevalecem não o trabalho, a dedicação e a competência, mas o grau de amizade e de parentesco com o chefe. São distorções que integram o quadro de uma saúde pública catastrófica. Neste caso os funcionários do quadro do Socorrão, também pedem “socorro.”
O governador Jackson Lago veio para mudar e vai mudar essa situação considerada caótica, insustentável, principalmente nos hospitais públicos de São Luís e no estado. A construção de “socorrões” regionais bem equipados e bem administrados pode desafogar o “Socorrão” da capital e facilitar a vida dos pacientes do interior e, consequentemente, dos de São Luís.
Mas algumas providências mais rápidas podem ser tomadas. Por exemplo, por que não abrir o Hospital Geral para atendimento de urgência? Por que manter o Hospital Getúlio Vargas, referência no tratamento da AIDS e da tuberculose com apenas doze (12) leitos – seis masculinos e seis femininos – quando é possível, considerando seu espaço físico, triplicar esse número? Estão precisando ações corajosas e práticas para amenizar o sofrimento de pacientes que não podem pagar tratamento particular e nem possuem plano de saúde e que acabam, por necessidade, colaborando para a superlotação dos hospitais públicos.
É incalculável o montante do dinheiro público que todo dia desce pelo ralo da corrupção. Pode-se arriscar em afirmar, porém, que daria para melhorar em muito a assistência médico – hospitalar no Brasil, manter as estradas conservadas e possibilitar a abertura de mais vagas no trabalho formal. A má aplicação e o desvio de verbas públicas vêm acontecendo à décadas e favorecem poucos privilegiados contribuindo para o empobrecimento da imensa maioria da população.
O presidente Lula “paz e amor” precisa entender que o momento por que passa o país – violência desenfreada, greves, protestos, corrupção envolvendo as instituições e seus representantes – como uma ameaça à democracia. E isso é assustador...
SÃO JOÃO BATISTA
O prefeito Eduardo Dominici, de São João Batista, vai inaugurar, no próximo dia 14, data em que o município completa 49 anos de emancipação político – administrativo, as novas instalações do Hospital – Maternidade local, que foi totalmente reformado e que será equipado com ultra-sonografia, raio X, sala de parto, camas novas; entrega à comunidade de mais uma ambulância e um odontomóvel e outros benefícios na área da saúde.
OPERAÇÃO NAVALHA
É grande a expectativa dos ex-funcionários do BEM – Banco do Estado do Maranhão com a notícia de que vem aí a “Operação Rubi” para investigar fraudes em ações trabalhistas. Acontece que a Capof – Fundo de Previdência Privada dos ex-bancários ganhou em todas as instâncias causa contra o Bradesco (comprador do BEM) e, apesar disso, o processo continua parado. As novas investigações deverão alcançar juizes, advogados e funcionários do Ministério do Trabalho.
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