Os atos espetaculares
registrados no Senado Federal e a postura aética da maioria dos senadores
envergonham a Nação brasileira e provocam reação de segmentos importantes da
sociedade como estudantes, intelectuais e políticos comprometidos com o decoro
e a ética como Pedro Simon e José Alencar, para citar apenas dois.
Simon não descarta a
possibilidade de abrir mão dos quatro anos de mandato que ainda lhe restam se o
Senado continuar mergulhado em escândalos e sob o comando de José Sarney. O
vice-presidente José Alencar que enfrenta um câncer desde a década passada, em
resposta a pergunta de um repórter se ele temia ou teme a morte, foi enfático:
“Não tenho medo de morrer, tenho medo é da desonra”.
A
desonra a que se referiu é a mesma que atinge o Senado da República,
desmoralizado pelos atos secretos, falta de decoro e de ética da maioria dos
senadores; da corrupção e do nepotismo e pela insistência do presidente da Casa
em se manter no cargo, para não contrariar interesses políticos de Lula e de
sua candidata Dilma. Além do mais Sarney teme perder poder e enfraquecer, por
conseqüência, o filho Fernando, também envolvido em crimes contra o patrimônio
público.
A cada dia são descobertos mais atos vergonhosos envolvendo, também,
gestões anteriores nos levando a crer que a safadeza ocorre ha muito tempo, e
que o prejuízo causado aos cofres públicos e, de sobra, à sociedade é maior do
que se imagina.
As manobras arquitetadas a
calada da noite nos porões do Senado para tudo continuar do jeitinho que está
não estão dando certo. Pois quase todos os dias explodem novos escândalos que,
para o secretário da Mesa, Heráclito Fortes, parece sabotagem. Errou na
avaliação, pois, na verdade isso é conseqüência da má gestão que sempre imperou
no Senado Federal aonde o presidente chega ao cargo comprometido até o bigode
com os “eleitores” não menos corruptos e interesseiros.
As discussões em vários
setores da sociedade sobre a permanência ou não do presidente Sarney no cargo,
continuam. Para o Senado voltar à normalidade, mesmo com sua imagem avariada, é
imprescindível a renúncia do senador amapaense. Sem isso, na avaliação das mais
apuradas “cabeças” da política brasileira é muito difícil a paz voltar a reinar
naquele parlamento onde predomina o conflito de interesses.
Conflitos, aliás, vividos
hoje pela bancada de três senadores petistas que ainda não sabem que posição
tomar, como fiel da balança, para desarquivar ou não os processos arquivados
pelo presidente do Conselho de Ética, senador Paulo Duque, pedindo investigação
dos atos de responsabilidade do senador José Sarney.
O péssimo exemplo oferecido pelo Senado
leva alguns prefeitos a cometerem atos de corrupção com a maior tranqüilidade.
De Cajapió, município encravado na região da Baixada Ocidental – uma das mais
pobres do Estado – recebo denúncias diariamente. O prefeito não estaria pagando
em dia o funcionalismo nem fornecedores. Os empréstimos consignados feitos
pelos servidores junto a instituições financeiras são descontados dos salários,
mas não são recolhidos, pela Prefeitura, em favor dos credores. Resultado:
funcionários inadimplentes, com seus nomes no CERASA e SPC ficam
impossibilitados de comprar a prazo. Os comerciantes da cidade não vendem
“fiado” para a Prefeitura e nem para os funcionários. “Se o prefeito não lhes
paga como é que vocês vão me pagar”? Perguntam.
As casas que seriam
construídas no povoado São Sebastião, naquele município, como resultado de
convênio firmado entre o município e o governo federal, através da Caixa
Econômico, não foram construídas. Revoltado, uma pessoa que seria beneficiada, “invadiu”
uma das construções, a cobriu de palha e está lá. O prefeito teria entrado com
um processo na Justiça para expulsar o “ousado”. A estrada que liga Cajapió a São
Vicente/MA-014 está praticamente intransitável e, por fim, o dinheiro da
Prefeitura, todos os meses “toma doril e some. Sumiu... É uma situação
calamitosa que exige a manifestação do Ministério Público.
GARDÊNIA
A deputada
Gardênia Castelo tem afirmado, com muita convicção, na imprensa e da tribuna da
Assembléia Legislativa, que o prefeito João Castelo todos os compromissos de
campanha. Nestes primeiros meses de governo ele tem se dedicado ao planejamento
da cidade e ao melhoramento da área viária que encontrou em situação de
calamidade. Planejar antes para executar obras duradouras que sirvam, realmente,
aos interesses da população é o rumo que todo administrador responsável deve
seguir. “Os projetos estão elaborados e as obras vão acontecer” – garante a
deputada. E foi além ao citar como prioridades os elevados da Forquilha e
Calhau; Hospital de Urgência, continuação da Avenida Litorânea e o recapeamento
inicial de 100 quilômetros de avenidas e ruas da cidade. A firmeza observada
nas palavras da deputada revela a credibilidade que Castelo, como político e
administrador merece de toda a sociedade de São Luís.
POSTO POLICIAL
O secretário de
Segurança do Estado, deputado Raimundo Cutrim, inaugurou na última sexta-feira,
um Posto Policial na Vila Progresso – Recanto dos Vinhais – cuja área tem sido
palco de muitas ocorrências lamentáveis. Apesar da violência reinante no
Estado, acreditamos no trabalho dedicado de Cutrim, por quem nutrimos uma forte
amizade e admiração. Não obstante trilharmos, politicamente, por caminhos
opostos, respeito e amizade por esse conterrâneo amigo, simples e dedicado à
causa da segurança pública em nosso Estado são inabaláveis. Aliás, a
desenvoltura de Cutrim à frente da Secretaria de Segurança tem provocado
ciúmes, inclusive, dentro do seu próprio grupo político. Os “ciumentos” parece
não confiarem no próprio “taco”.
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