Os
mandantes e o executor da morte do jornalista e blogueiro Décio Sá,
presos na “Operação Detonando”, foram apresentados pelo secretário de
Estado de Segurança Pública, Aluísio Mendes, na tarde desta quarta-feira
(13), na sede da SSP. Seis dos envolvidos no crime foram mostrados:
Jhonatan de Sousa Silva, de 24 anos, apontado como o matador; José de
Alencar Miranda Carvalho, de 72 anos; Gláucio Alencar Pontes Carvalho,
34 anos; Airton Martins Monroe, 24 anos, os mandantes do crime; José
Raimundo Sales Chaves Júnior, o Júnior Bolinha, 38 anos; e Fábio Aurélio
do Lago e Silva, o Buchecha, de 32 anos, que fizeram a articulação.
Todos
são acusados de integrar quadrilha que praticava agiotagem no Maranhão.
Além deles, também foi detido o capitão PM Fábio Aurélio Saraiva Silva -
as balas usadas no crime eram da pistola .40 que estava sob sua
cautela. Aluísio Mendes informou que o condutor da motocicleta, já foi
identificado pela polícia, ainda está foragido. O material apreendido
durante a ação está sendo analisado pelas equipes de policiais. (Fotos: Gilson Ferreira)
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| Auditório da SSP ficou lotado para a coletiva de apresentação dos mandantes e executor de Décio Sá |
| Jhonatan de Sousa Silva, de 24 anos, apontado como o matador |
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| Membros da quadrilha que matou Décio Sá e foi presa na Operação Detonando |
O
secretário estava acompanhado da delegada geral de Polícia Civil,
Cristina Meneses; do superintendente de Polícia Civil da Capital,
Sebastião Uchôa; do delegado Marcos Afonso Junior, que dirigiu a
comissão responsável pela investigação; e de outros membros da cúpula da
segurança do Maranhão. A elucidação do caso se deu 50 dias após a morte
do jornalista, ocorrida por volta das 23h, do dia 23 de abril, em um
bar da Avenida Litorânea, em São Luís.
Na
Operação Detonando foram cumpridos oito mandados de prisão e 14 de
busca e apreensão. Participaram 12 delegados e 70 policiais civis e
homens do Grupo Tático Aéreo.
Jhonatan
de Sousa Silva, que confessou a execução do jornalista Décio Sá, é
natural do estado do Pará e cometeu pelo menos outros 20 crimes. Segundo
depoimento à polícia, ele contou que costumava degolar as vítimas em
suas ações. Nos últimos crimes que cometeu, uma das características era
desfazer-se das armas.No caso de Décio Sá, após a execução o bandido
jogou a pistola ao mar, enquanto deixava São Luís em uma travessia de ferry-boat. O preço da encomenda da morte teria sido R$ 100 mil, porém, o matador só chegou a receber R$ 20 mil.
A
quadrilha, segundo Aluísio Mendes, age também em outros estados e é
responsável por crimes que permeiam vários setores da sociedade. Com os
envolvidos, a polícia encontrou vários documentos, os quais estão agora
sendo investigados.
“Essa
investigação está apenas começando. O foco desse trabalho foi
investigar o assassinato. Mas, diante do material levantado, ainda temos
um longo trabalho de investigação sobre essa organização criminosa”,
destacou. (Secom-MA/SSP)


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