Os convênios firmados pelo governo Estadual e os municípios
maranhenses, quando são privilegiados àqueles comandados por correligionários,
às vésperas de eleições, é um incentivo à corrupção eleitoral com reflexos
negativos à administração. O deputado Bira do Pindaré (PT) tem motivos de sobra
para criticar a falta de critérios e o alto valor liberado pelo Estado aos 116
municípios: R$ 120.930.315,32. Esses recursos são oriundos da Secretaria de
Estado da Saúde e deveriam ser aplicados no setor, um dos mais vulneráveis e
denunciados do Maranhão.
Na maioria dos municípios a deficiência é total. Faltam
médicos, remédios e até ambulâncias para transportar pacientes para os
“Socorrões” de São Luís, destino de quase todos os enfermos do estado. A causa,
segundo o próprio líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Cesar
Pires, é a inaplicabilidade dos recursos por parte dos gestores que chegam a
desviar ou roubar 80% das verbas destinadas à saúde da população.
Isso ocorre porque a maioria dos vereadores geralmente é
cooptada pelos prefeitos logo após a posse e os promotores, em vários
municípios, só agem quando recebem denúncias alicerçadas com documentos
comprobatórios do malfeito. Diante dessa realidade os prefeitos deitam e rolam sob
a miséria e a desesperança popular. O parlamentar petista faz o alerta e
destaca que o município Miranda do Norte foi beneficiado com sete milhões,
trezentos e cinquenta mil reais. Basta conhecer o relacionamento político do
prefeito com o secretário Ricardo Murad para se concluir que se trata de privilégio
e politicagem.
Ao liberar essa “dinheirama” aos prefeitos do interior o
governo incentiva a corrupção, já que passam a dispor de mais ferramentas para
promoverem o ilícito. Em São João Batista, informações do domínio público (só o
promotor não sabe) a prefeita Surama Soares teria inchado a folha de pagamento
nos últimos quatro meses com cerca de 800 “contratados” para tentar reverter à
situação eleitoralmente contrária a ela que pretende se reeleger. Há uma escola
com uma sala de aula no povoado Urucu com três professores, oito zeladores e
quatro vigias. Pode?
Lamentavelmente esse não é um fato isolado. Nos municípios
mais carentes, onde o desemprego é mais acentuado e o prefeito concorre à
reeleição, a forma encontrada para conquistar eleitores é colocá-los na folha
de pagamento. O valor do “salário” varia de R$ 80 a R$ 150, dependendo da
importância da família e da quantidade de votos que o beneficiário garante. Como
diria Boris Casoy, isso é uma vergonha!...
OPOSIÇÃO FORTE
O candidato de oposição à Surama Soares, em São João Batista,
Amarildo Pinheiro (Doutor Amarildo), que conta com o apoio do ex-prefeito
Eduardo Dominici (cassado pelo TRE por suposto abuso de poder político e
econômico na eleição de 2008) e do deputado federal Waldir Maranhão, é
considerado favorito na disputa pela Prefeitura do município. No último dia 12
a coligação que o apoiou (O Compromisso com o Povo Continua) promoveu uma
grande “Moto-carreata” reunindo mais de duas mil pessoas e culminando com a
inauguração do comitê central, localizado no centro da cidade. Todas as
enquetes e pesquisas para consumo interno feitas pelos dois grupos em confronto
mostram o favoritismo de Amarildo. Surama inaugurou ontem o seu comitê central,
também, no centro da cidade de São João Batista.
MENSALÃO
O ministro Joaquim Barbosa voltará amanhã, segunda-feira, a
ler o seu relatório e a condenar (?) os 38 envolvidos no escândalo do mensalão
petista. Na mais alta corte de justiça do país, também, há espaço para o “bate-boca”
entre os seus membros. Na quinta-feira Joaquim Barbosa e o presidente do STF
Lewandowki se desentenderam, mas, com certeza, nos bastidores, voltaram às
boas.
A greve dos funcionários públicos federais e o pacote de
obras anunciado pela presidente Dilma Rousseff desviaram, um pouco, as atenções
da opinião pública focadas no caso mensalão, que depois de quase uma década do
ocorrido chega ao Supremo Tribunal Federal para os envolvidos serem julgados.
Ninguém, mas ninguém mesmo, acha que algum deles vá esbarrar na cadeia.
ARRASTÃO DO CASTELO
O prefeito João Castelo, o candidato a vice Neto Evangelista
e a militância dos partidos que formam a coligação “Para Fazer Mais” continuam
promovendo caminhadas pelos bairros de São Luís, com a animada participação dos
moradores e lideranças comunitárias. São verdadeiros “arrastões” populares que
defendem a reeleição de João Castelo por acreditarem na sua dedicação pela
cidade e pelo povo. Percebe-se, também,
a sua vontade de fazer mais e com responsabilidade e competência, em prol da
cidade de São Luís.
O prefeito João Castelo, na entrevista que concedeu à Rádio
Mirante AM, na última quarta-feira (15), teve a oportunidade de enumerar as
importantes obras realizadas na sua administração, das dificuldades encontradas
com os problemas deixados pelo seu antecessor e dos projetos em fase de
execução que vão transformar a nossa capital, que completa, dia 8 de setembro,
400 anos de fundação, numa cidade mais acolhedora e humana.
Castelo destacou, ainda, a necessidade desse
trabalho continuar sendo executado, e que, por isso, é candidato à reeleição.
Se por um lado o tucano não teve o apoio do governo Estadual, não lhe faltou
incentivo e parceria por parte da presidente Dilma Rousseff que não se deixa
pautar por futrica de políticos sem visão, que não respeitam o povo e alimentam
ódio de adversários que se projetam pelo trabalho e pela competência.
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