O prefeito João Castelo, candidato a reeleição pela coligação “Pra Fazer Muito Mais” (PSDB/PRP/PMN), entregou hoje a tarde à presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão, desembargadora Anildes Cruz, documento em que pede providências urgentes que garantam o sufrágio e preserve a legalidade no segundo turno das eleições, no próximo domingo, dia 28. Denuncia ainda fortes indícios de crime eleitoral, com iminente risco ao processo democrático e ao próprio estado de Direito, ao tempo em que solicita a competente investigação pelo Ministério Público.
O que motivou o pedido foi a existência de um vídeo amplamente divulgado na internet, gravado em suposto “Comitê Permanente dos Militares” do candidato Edivaldo Holanda Junior, cuja cópia foi entregue à desembargadora. O referido vídeo aponta claramente a constituição de milícia privada para atuar nestas eleições. As imagens mostram policiais militares tratando de uma operação em que expressam a realização de atos extremos que garantam a eleição do seu candidato, a qualquer custo, desestabilizando o resultado das urnas. Uma suposta “missão secreta”, “pior do que aquela que matou Osama Bin Laden”, conforme deixa claro o áudio da gravação.
Ressalta ainda o documento que o candidato Edivaldo Holanda Júnior estava pessoalmente no evento e endossou o plano, encorajando os presentes, como maior beneficiado, a fazer o uso de violência e intimidar a população e tentar impor a mudança, que diz ser o representante, assim como usando meios que diz repudiar.
Em defesa da democracia, soberania popular e equilíbrio no sufrágio, Castelo pede que sejam adotadas todas as providências cabíveis para apurar o fato e a instauração de inquérito pela Polícia Federal, Secretaria de Segurança Pública do Estado do Maranhão e Comando da Polícia Militar. Requer ainda seja comunicado ao Ministério Público Eleitoral, para fins de apuração de eventual prática de crime. Por fim solicita ao Tribunal Superior Eleitoral o envio urgente de tropas federais, a fim de garantir tranquilidade e segurança à realização do pleito.
Na saída do TRE, Castelo foi abordado por jornalistas e declarou ter cumprido apenas o dever de cidadão ao protocolar o documento no TRE pedindo providências para garantir a normalidade das eleições. Perguntado se acredita na existência de uma “milícia 36”, Castelo respondeu ter o maior apreço pela Polícia Militar, mas que a denúncia é gravíssima e precisa ser apurada por que mesmo um grupo pequeno pode comprometer o trabalho da corporação.
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