LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ
Instituto Histórico e
Geográfico do Maranhão
DELZUITE DANTAS BRITO VAZ
CEM “LICEU
MARANHENSE”
Neste 20 de
outubro comemoramos 400 anos do dia em que foi rezada a primeira missa na Igrejinha.
Erguida pelos primitivos habitantes – os Tupinambá – junto com os franceses de
Monsieur De Pézieux que aqui se estabeleceram, quando da instalação da França
Equinocial.
O Vinhais
Velho de hoje já recebeu diversas denominações: Uçaguaba, MiganVille, Sítio de
“Monsier Pineau”; Aldeia da Doutrina, Vila Nova de Vinhais; já foi habitada por
índios e por europeus; e sua História tem já mais de 400 anos: sua ocupação por
europeus precede à fundação de São Luís.
A ideia, da Comissão dos 400 anos da Igreja de
São João Batista, é contar essa História em sete passos, informações relevantes
sobre a constituição dessa Comunidade.
PASSO 1 – ESTA TERRA TINHA DONO: OS TREMEMBÉ E DEPOIS OS
TUPINAMBÁ – OS PRIMITIVOS HABITANTES
O Maranhão é território de
uma rica história de intercâmbio e conflítos entre os povos indígenas nativos e
europeus - franceses, holandeses, ingleses, espanhóis e portugueses.
No século XVII, a populaçõa
indígena do Maranhão era formada por aproximadamente 250.000 pessoas,
pertencente a cerca de 30 etnias, a maioria delas, hoje, não existindo mais. Antes
dos Tupinambás, os Tremembé, havendo indícios de ocupação pelo menos de nove
mil anos.
Os Tremembé, originalmente nômades,
viviam num território que se estendia nas praias entre Fortaleza
e São Luís do Maranhão.
Com a invasão dos Tupis-Guaranis
perderam a Ilha de São Luis e seus arredores. Foram aldeados pelos Jesuítas
no século XVII
nas missões de Tutoya (Tutóia-Maranhão.
Os
primitivos habitantes da Ilha Grande – Upaon-Açú – foram, primeiro, os TREMEMBÉ e depois os TUPINAMBÁ; esses habitavam a Aldeia de
Uçaguaba.
PASSO 2 - UÇAGUABA
Servimo-nos
de Claude d´Abbeville para identificar UÇAGUABA. Diz aquele missionário
capuchinho que aqui chegando a ‘missão’ de LaRavardiére, os franceses
atravessam o braço de mar, indo se fixar em um promontório onde, a 12 de
agosto, uma sexta-feira, dia consagrado a Santa Clara, celebram o santo ofício
da missa. A 8 de setembro, uma quarta-feira, dia consagrado à Santíssima e
Imaculada Virgem Maria, é realizada a solenidade de fundação da Colonia.
Fundada
a França Equinocial, sairam De Rasilly, o Barão de Sancy e os padres D'
Abbeville e Arséne de Paris acompanhados
de um antigo morador de Upapon-Açú, de nome David Migan, a visitar as
aldeias da Ilha:
"(...) levaram-nos os índios, de canoa, até
Eussauap, onde chegamos no sábado seguinte ao meio-dia. O sr. de Pizieux e
os franceses que com ele aí residiam receberam-nos com grande carinho
(...)". (D'ABBEVILLE, 1975, p. 114) . (grifos nossos).
Capistrano de ABREU esclarece que:
" EUSSAUAP - nom do lieu, c'est à dire le lieu
ori on mange les Crabes. - Bettendorf leu em Laet Onça ou Cap, que
supôs Onçaquaba ou Oçaguapi; mas tanto na ediço francesa, como na latina daquele
autor, o que se lê, é EUSS-OUAP. Na história da Companhia de Jesus na extinta
Província do Maranhão e Pará, do Padre
José de Morais, está Uçagoaba,
que com melhor ortografia é Uçaguaba composto de uça, nome
genérico do caranguejo, e guaba, participio de u comer: o que, ou
onde se come caraguejos, conforme com a definição do texto ...". ( apud D'
ABEVILLE, 1975, p.107).
Das
27 aldeias existentes na Ilha, 14 tinham apenas um Principal; 10 possuiam dois;
1 possuia três. Eussauap possuia quatro –
"... é uma das maiores aldeias da ilha e nela
existem quatro principais: Tatu-Açu; Cora-Uaçu ou Sola-Uaçu, às vezes também
Maari-Uaçu; Taiacú e Tapire-Evire".
É em
Eussauap que os franceses encontram uma certa resistência, por parte de um
velho "... de mais de 180 anos e que tinha por nome Mamboré-Uaçu
..." e que havia assistido ao estabelecimento dos portugueses em
Pernambuco, 80 anos antes (cerca de 1835).
Mas
Uçaguaba – como vimos significando como “TERRA ONDE SE COME CARANGUEIJOS’,
segundo nossos primeiros cronistas – D´Abbeville e D´Evreux – desde a última
década dos anos 1500 já fora ocupada por europeus, de viersos Estados, e por
iniciativa de franceses. Estamos falando de MIGANVILLE
Passo 3 – DE MIGAN MIGANVILLE A sítio Pineau – A CHEGADA DOS
FRANCESES
Miganville,
de Davi Migan, natural de Vienne, no Delfinado.
A Vila Velha de Vinhais é o núcleo habitacional mais antigo do
Maranhão. Referimo-nos à ocupação por brancos, pois os Tupinambás ocupam aquele
espaço há mais tempo, provavelmente desde 80 anos antes da chegada dos
Franceses de La Ravardiére.
Jacques Riffault,
personagem constante em nossa história, desde 1594 se estabelecera em Upaon-açu (Ilha de São Luís) com uma feitoria,
contando com o auxilio de seus compatriotas Charles D’Estenou - Senhor
de Des-Vaux, cavalheiro do Condado de Tomaine, e de Davi Migan, natural de Vienne, no Delfinado. Ambos haviam conquistado a amizade dos
silvícolas, e tinham o domínio da língua nativa.
Frequentava a Ilha Grande o Capitão Guérard, que em 1596 armou dois
navios, sendo um deles para o Maranhão – Poste, chegou ao Camocim –
estabelecendo com regularidade as visitas à terra de corsários de Dieppe, de La
Rochelle e de Saint Malo, funcionando desde
então uma linha regular de navegação entre Dieppe e a costa leste do Amazonas.
Datado de 26 de julho de 1603 há um arresto do tenente do Almirantado em Dieppe
relativo a mercadorias trazidas do Maranhão, ilha do Brasil, pelo Capitão
Guérard.
Meireles (1982, p. 34) traz também Du Manoir em Jeviré; Millard e
Moisset, também encontrados na Ilha Grande. Os comandados de Du Manoir e
Guérard chegam a quatrocentos; há esse tempo já dois religiosos da Companhia de
Jesus haviam estado no Norte do Brasil.
O historiador Antonio Noberto continua: tanto comércio fez com que
bretões e normandos se estabelecessem com feitorias na Ilha Grande, e um desses
lugares era a aldeia de Uçaguaba/Miganville (atual Vinhais Velho), misto de
aldeia e povoação europeia. Terceiro, o porto usado nessas atividades era o de
Jeviré (Ponta d'Areia).
Some-se que o chefe maior de tudo isso era David Mingan, o Minguão, o
"chefe dos negros" (daí o nome de Miganville), que tinha a seu dispor
cerca de 20 mil índios e era "parente do governador de Dieppe". Por
fim, a localização da fortaleza está exatamente no lugar certo de proteção do
Porto de Jeviré e da entrada do rio Maiove (Anil), que protegeria Miganville.
Pianzola, em sua obra “OS
PAPAGAIOS AMERELOS – os franceses na conquista do Brasil (1968, p. 34)
chama atenção para os nomes constantes dos mapas, entre os quais muitos de
origem francesa, ‘traduzidos’ para o português. Vê-se, na Grande Ilha dentre outros, Migao-Ville, propriedade do intérprete de Dieppe, David
Migan, seguramente um psudônimo, no entender de Pianzola:
“[...] No último quartel daquele século, o que era apenas um posto de
comércio, sem maior raiz, tornou-se morada definitiva dos corsários gauleses,
vindos de Dieppe, Saint-Malo, Havre de Grace e Rouen, que aqui deixavam seus
trouchements (tradutores) que viviam simbioticamente com os tupinambá
(escreve-se sem “s” mesmo). Entre estes estava David Migan, o principal líder
francês desta época. Ele era o “chefe dos negros” (índios) e “parente do
governador de Dieppe”. Tinha a seu dispor cerca de vinte mil guerreiros
silvícolas e residia na poderosa aldeia de Uçaguaba (atual Vinhais Velho),
apelidada de Miganville [...]”. (NOBERTO SILVA, 2011).
Continuemos com Noberto Silva (2011):
“[...]
Na virada do século, segundo o padre e cronista Luis Figueira, que escreveu sua
penosa saga na Serra de Ibiapaba, os franceses no Maranhão contavam, inclusive,
com ‘duas fortalezas na boca de duas grandes ilhas’. Uma destas fortificações,
por certo, era o Forte do Sardinha, localizado no atual bairro Ilhinha, nos
fundos do bairro Basa em
São Luís. Esta, em mãos portuguesas, foi nomeada de Quartel
de São Francisco, que deu nome ao bairro. Servia de proteção ao lugar, em
especial, a Uçaguaba, reduto de Migan”.
Quando da implantação da
França Equinocial esse complexo passou para mãos oficiais. Uçaguaba/Miganville
passou a ser chamada pelos cronistas Claude Abbeville e Yves d'Evreux de
"o sítio Pineau" em
razão de Louis de Pèzieux, primo do Rei, ter adotado o local
como moradia.
Du Manoir, Riffault, Des-Vaux e
os piratas de Dieppe, encontravam-se fundeados no porto, confirmam a presença
continuada dos exploradores de todas as procedências nas costas do Maranhão, e
do Norte em geral: uma companhia holandesa presidida pelo burgomestre de
Flessingue, ingleses, holandeses e espanhóis negociando com os índios o
pau-brasil; armadores de Honfleur e Dieppe; o Duque de Buckigham e o conde de Pembroke e mais 52 associados fundaram uma
empresa para explorar o Brasil; espanhóis de Palos.
PASSO 4 – A ALDEIA DA DOUTRINA
Os
moradores de Eussauap tinham esperança que um dos padre aí se fixasse. Por isso
"haviam edificado no meio da praça, localizada entre as cabanas, uma bonita
capela com um altar bem arranjado".
Além
da capela construiram uma grande cruz. No domingo, dia 20 de outubro de 1612,
foi a capela batizada e rezada a missa.
Vencidos
os franceses em Guaxenduba (19/11/1614), os portugueses se estabelecem no
Maranhão, vindo com Jeronimo de Albuquerque os padres Manuel Gomes e Diogo
Nunes, aqui permanecendo estes até 1618 ou 1619:
"A primeira missão ou residência, que fundaram
mais junto à cidade para comodidade dos
moradores, foi a que deram o nome de Uçagoaba, onde com os da ilha aldearam os índios que haviam trazido de
Pernambuco ...". (MORAES, 1987, p.58).
A
residência dos jesuitas em Uçagoaba é ocupada com a chegada da segunda turma de
jesuitas ao Maranhão, os padres Luis de Figueira e Benedito Amodei. De acordo
com CAVALCANTI FILHO (1990) a missão
jesuitica no Maranhão inicia-se com a chegada dos padres Figueira e Amodei:
"... Ao que tudo indica, a aldeia de Uçaguaba,
situada a margem esquerda do igarapé do mesmo nome, teria sido o ponto de
partida dessa missão ... desta primeira, denominada 'Aldeia da
Doutrina'".(p. 31).
MEIRELES
(1964), conta-nos que o bem-aventurado Gabriel Malagrida - a quem César Marques
chamou de “o desgraçado apóstolo do Maranhão” - costumava logo pela manhã
percorrer as ruas da pequenina cidade de não mais de uma meia dúzia de milhares
de habitantes, a convocá-los, com a campainha que ia fazendo tilintar, para a
Santa Missa e o exercício do catecismo. E lá voltava ele, cheio de alegre
beatitude, acompanhado de um bando irriquieto de meninos que o seguia até o
Colégio. Depois, o confessionário e a visita aos enfermos e aos presos,
consumia-lhe o resto do dia, pela tarde afóra; À noite, retornava à aldeida
da doutrina, como comumente então a povoação de São João dos Poções, antiga
Uçagoiaba e hoje Vinhais, sede da primeira missão dos inacianos na Ilha-Grande
fora conhecida...
Cesar
MARQUES (1970), em seu Dicionário Histórico-Geográfico
da Província do Maranhão, publicado em 1870, informa sobre Vinhais - freguesia
e ribeiro, que os jesuítas Manoel Gomes e Diogo Nunes, que vieram junto com a
armada de Alexandre de Moura,
principiaram a estabelecer residências - ou missões de índios -, sendo a
primeira que fundaram:
“... foi a que deram o nome de Uçaguaba, onde com os
da ilha da capital aldearam os índios, que tinham trazido de Permambuco, e como
esta se houvesse de ser a norma das mais aldeias, diz o Padre José de Morais,
nela estabelecessem todos os costumes , que pudessem servir de exemplo aos
vizinhos e de edificações aos estranhos. Cremos que por êste fim especial foi
chamada aldeia da Doutrina.
“Fundada pelos jesuítas, parece-nos haver depois passado ao poder do Senado da
Câmara, porque ele tinha uma aldia ‘cujo
sítio era bem perto da cidade’. Compunha-se de 25 a 30 índios entre homens
e mulheres ‘para poderem acudir às
obras públicas pagando-se-lhes o seu
jornal’.
“Em 12 de maio de 1698 a Câmara pediu ao
soberano um missionário para educá-los. Em 22 desse mesmo mês representou à Sua Majestade queixando-se por
ter sido privada desta aldeia ‘por algumas informações más e apaixonadas’. ...
foi no dia 1o. de agosto de 1757 elevada à categoria de vila com a denominação
de Vinhais”. (p. 632-633).
PASSO 5 –
VILA DE VINHAIS
COELHO
(1990) em seu "Política
indigenista no Maranhão Provincial", ao analisar "o lugar do
índio na legislação: a questão da terra", afirma que " a
situação das terras dos indigenas é caracterizada por um acúmulo de esbulhos e
usurpações" e o processo oficial do sequestro dessas terras se dá pela
ação de Pombal, que prescreveu, em 1757, a " elevação das aldeias
indígenas, onde haviam missões, à categoria de vila ou lugar, de acordo com o
número de habitantes". Cita, dentre outros exemplos, que " a
aldeia da Doutrina, em 1º de agosto de 1757, foi elevada à categoria de vila,
com o nome de Vinhais".
Pois
bem, a antiga Aldeia da Doutrina é elevada à categoria de vila em 1o. de agosto de 1757 com a denominação de
Vinhais - Vila Nova de
Vinhais – a nossa hoje Vila Velha de Vinhais.
Era comum darem-se nomes às vilas e cidades do Maranhão o mesmo nome de
vilas e cidades existentes em Portugal. Vinhais
é uma vila
portuguesa,
pertencente ao Distrito de Bragança, Região Norte e subregião do Alto Trás-os-Montes, limitado a norte e oeste
pela Espanha,
a leste pelo município de Bragança, a sul por Macedo de Cavaleiros e Mirandela
e a oeste por Valpaços e Chaves.
A ocupação humana deste território data de tempos ancestrais, tal como se pode
verificar pelos inúmeros vestígios arqueológicos que se podem encontrar nesta
região: inscrições rupestres, edificações de tipo dolménico e fortificações
castrejas.
O hoje bairro de São Luís, Vinhais Velho – ou Vila Velha de Vinhais
como também é conhecido - já foi independente; isto é, se constituiu, no dizer
de hoje, em município. Durante o consulado pombalino (1755-1777), um ano depois da tentativa de regicídio a D.
José, o Marques de Pombal expulsou os jesuítas
da metrópole e das colónias (Setembro 1759), confiscando seus bens, sob a
alegação de que a Companhia de Jesus agia como um poder autônomo
dentro do Estado português e as suas ligações internacionais eram um entrave ao
fortalecimento do poder régio.
Em 1º de agosto de 1757, a Aldeia da Doutrina,
sob a invocação de São João dos Poções, foi elevada à categoria de Vila com a
denominação de Vinhais, sendo criada nesse mesmo dia a freguesia de São João
Batista de Vinhais, em virtude de Resolução Régia de 13 de junho de
1757.
No ano de 1779, a Vila de Vinhais
contava 630 ‘almas”; a cidade de São Luís, 13.000, a Vila do Paço do
Lumiar 808, conforme regidstro na Biblioteca da Ajuda. Notícias de todos os
governadores e populações das provincias do Brasil. Documento no. 2001 (54 – v.
12 no. 5).
De
acordo com BARBOSA DE GODOIS (1904), o colégio dos jesuítas no Maranhão,
“segundo os Annaes Litterarios, contava estas residências: Conceição da Virgem
Maria, em Pinheiros;
S. José, na aldeia de S. José
de Riba-Mar; S. João Baptista, em Vinhais; S.
Miguel, no Rosário.
Buscamos
uma vez mais em Cesar MARQUES (1970) outras informações, agora sobre a
Igreja do Vinhais:
“Pertenceu então a outro donatário porque descobrimos
termos da junta das missões de 13 de abril de 1757, que passou para o domínio
dos frades da Ordem de Santo Antonio, sem podermos contudo dizer como se
efetuou esta mudança, e então se chamou
aldeia de São João dos Poções.[...] [1o. de agosto de 1757 em que a Aldeia da Doutrina
foi elevada à categoria de vila com a denominação de Vinhais] foi criada a freguesia em virtude de Resolução Régia
de 13 de junho de 1757, sendo o seu primeiro pároco encomendado o beneficiado
Antôno Felipe Ribeiro”. [...] “Em 5 de maio de 1829 a Câmara ‘pediu ao
Presidente a construção de uma igreja, por ter desabado a que havia, de uma
cadeia, que era um quarto por baixo da casa da Câmara, porque tendo caído o
templo de que o quarto fazia parte, ficou ele arreuinadíssimo, e de uma casa da
Câmara porque a existente estava com os sobrados despregados e com faltas’. “.
(p. 632-633).
Ainda
às págiasm 632 do referido Dicionário ..., César Marques informa que no
referido têrmo – ao passar a freguesia para a Ordem de Santo Antônio, com o
nome de São João dos Poções, em 13 de abril de 1757 -, achavam-se em palácio,
reunidos, o Governador da Capitania, Gonálo Pereira Lobato e Sousa, o
Governador do Bispado, Dr. João Rodrigues Covete, e o Desembargador
Ouvidor-Geral Diogo da Costa e Silva, o Desembargador Juiz-de-Fora Gaspar Gonçalves dos Reis, e os
reverendos prelados das regiões, mandava o Governador ler o têrmo da junta, feito
na cidade de Belém do Grão-Pará em 10 de fevereiro de 1757:
“Depois disso perguntou o governador do bispado o que
respondiam suas paternidades ao proposto, determinado e resolvido no dito
têrmo, devendo-se praticar neste bispado o que se praticou e resolveu no
Grão-Pará”.
“O padre provincial do Carmo, Frei Pedro da
Natividade, e o padre comendador do Convento de N. S. das Mercês, Frei Bernardo Rodrigues Silva,
não fizeram a menor objeçào, e declaram concordar com o que se tinha feito no
Pará.
“O padre-mestre, Frei Matias de Santo Antônio, por
impedimento do guardião do Convento de S. Antônio, que então era Frei Miguel do
Nascimento, respondeu que não tinha dúvida que se observasse o mesmo, com a
declaração porém que neste bispado não havia missões algumas para observância
do sobredito, e que só o seu convento tinha uma doutrina
do serviço dele, a qual estava situada em terras doadas ao mesmo convento,
aceitas pelo Sindico dele por títulos onerosos de compra e venda, e obrigação
de missas anuais, e por isso tinham entrado no seu domínio por muitas bulas, e
especialemnete pelas do papa Nicolau IV, ficando assim excluída da ordem de Sua
Magestade.
“No têrmo da junta de 18 de junho do mesmo ano (1757), declarou o dito governador, que havendo
dado conta do ocorrido na sessão da Junta de 13 de abril ao capitão-General do
Estado Francisco Xavier de Mendonça Furtado (irmão do Marques de Pombal)
do requerimento do guardião do Convento de Santo Antônio a respeito da sua aldeia
chamada da Doutrina, fora por ele julgada em oposição à devida
observancia da ordem de Sua Majestade de 7 de junho de 1755, que com força de
lei mandou publicar nesta cidade.
“Em virtude de tudo isto foi no dia 1 de agôsto de
1757 elevada à categoria de vila
com a demonimação de Vinhais.
“Acharam-se presentes a este ato o Governador da
Capitania, dr. Bernardo Bequimão por comissão do governador do Bispado, o
diretor Alferes Manuel de Farias Ribeiro, os Sargentos Manuel José de Abreu e Carlos Luis Soares, o povo do
dito lugar e mais aldeias.
“Fêz entrega das terras da vila, o que únicmente
possuía esta aldeia, o Padre Frei Bento de Santa Rosa, religioso de Santo
Antônio e aí missionário com a administração temporal.” (p. 632-633)
PASSO 6 - VILA NOVA DE VINHAIS
César
Marques, consta que houve contestação quanto à propriedade das terras da Aldeia
da Doutrina, pertencente, então, ao Convento de Santo Antônio. Esta vila,
situada ao N.E. da Ilha do Maranhão uma légua distante da capital, à margem do
ribeiro Vinhais, ora transformada em Vila do Vinhais e, para dar fim à qualquer
contestação, sobre a quem pertenceria as terras, passou-se a seguinte certidão,
que, segundo Cesar Marques, não deixa de ser curiosa:
“José Inácio Pereira, escrivão por comissão
da Câmara da vila de Vinhais: em cumprimento do despacho retro certifico que
revendo o livro de ... nele à fl. 87 verso achei o translado ... Por ser
conforme às reais ordens que Sua Majestade foi servido expedir para o
estabelecimento deste Estado e conveniente ao bem comum e particular dos
moradores dele, que se destinem terrenos competentes, que sirvam de distritos
às vilas para as suas respectivas justiças
não excederem os seus limites,
devo dizer de vossas mercês em observância das mesmas reais ordens, que o distrito dessa vila terá princípio no pôrto
do Angelim sobre a foz do rio – Anil -, quer fica pertencente ao distrito desta
cidade, e dele partirá em rumo direito para o nascente às terras alagadiças da
fazenda que foi de Agostinho da Paz e que hoje é do Rvdo. Cônego Manuel da
Graça, fincado pertencendo ao distrito desta mesma vila a estrada pública, que
do dito porto do Angelim vai para a fazenda da Anindia e outras, como também a
fazenda do defunto José de Araújo, partindo e confrontando da parte do sul com
terras do distrito desta cidade e continuando este rumo da parte do nascente da
mesma fazenda do dito Cônego Manual da Graça para a parte do norte, correrá em
direitura à costa do mar, e por ela descerá à capela de São Marcos de onde
continuando da parte do poente pela costa desta baía até a fortaleza da barra
desta cidade continuará pelo rio, que divide a cidade das terras sobreditas da
costa do mar até finalmente chegar ao dito porto do Angelim, onde fica fechando o rumo do dito distrito,
em que se compreedem a dita vila e terras que possuem os seus moradores desde o
tempo em que foi constituída doutrina dos padres de Santo Antônio desta cidade
como também a Capela de São Marcos, a olaria, que foi dos padres da Companhia e
vários sítios de fazendas e moradores, como são a do sobredito Cônego Manuel da
Graça, de Domingos
Fernandes e últimamente todos os que dentro dos referidos
rumos e distrito se compreenderem sendo este suficiente para essa dita vila,
sem prejudicar o da cidade.
“Para rendimento das despesas da Câmara lhe
não determino por hora terreno, o que farei com a brevidade que me fôr possível
para cumprir completamente com a ordem de Sua Majestade, o qual sempre há de
ser dentro do distrito dessa vila: o que tudo Vossas Mercês tenham entendido
para inviolávelmente observarem, registrando este no livro da Câmara para a
todo o tempo constar até onde entendem os seus limites, de que me mandarão
certidão de assim o haverem. – Deus guarde a Vossas Mercês – Maranhão. –
Gonçalo Pereira Lobato e Sousa”
“Senhores Juízes e oficiais da Câmara da vila
do Vinhais.
“Certifico eu escrivão abaixo nomeado em
como transladei uma carta do Ilmo. Sr. Governador vinda ao juiz e mais oficiais da Câmara desta
vila, o que juro em fé de meu ofício: três de novembro de 1760. – Manuel de Jesus
Pereira.
“Nada mais que o referido continha o dito
translado fielmente aqui copiado do próprio livro, a que me reporto, e é
verdade todo o referido em fé do ofício. – Vinhais, 10 de fevereiro de 1806. –
José Inácio Pereira”. (gruifos nosso).
Como
a vila do Vinhais não apresentou qualquer desenvolvimento, foi extinta pela Lei
Provincial no. 7, de 20 de abril de 1835, passando a pertencer a frequesia à
comarca da capital, formando o 5º distrito de paz, e tendo uma
subdelegacia de Polícia, um delegado da Instrução Pública e uma cadeira pública
de ensino primário para o sexo masculino. Suas terras eram excelentes, baixas,
próprias para a plantação da cana-de-açúcar. Achando-se estabelecidas aí
pequenas roças de arroz, mandioca e mais gêneros. Calculava-se o número de seus
habitantes em 1.020, sendo 887 livres e os mais escravos (p. 633).
PASSO 7 - A IGREJA DE SÃO JOÃO
BATISTA DE VINHAES
Onde hoje é localizado o bairro Vila
Velha de Vinhais – ou Vinhais Velho – ficava antiga aldeia indígena, onde David
Migan habitava com os índios. Uçaguaba era a segunda maior aldeia de
Upaonj-Açú. Com a chegada da armada de Daniel
de La Touche, veio a recebeu seus alguns habitantes brancos, em
1612, quando o sr. de Pizieux e alguns franceses alí fixam residência
e edificam uma capela - a segunda da ilha. Os moradores de Eussauap
tinham esperança que um dos padre aí se fixasse. Por isso "haviam
edificado no meio da praça, localizada entre as cabanas, uma bonita capela com
um altar bem arranjado". Além da capela construiram uma grande cruz. No
domingo, dia 20 de outubro de 1612, foi a capela batizada e rezada a missa.
Em
1615, de acordo com MORAES (1987) ou 1622, no entender de CAVALCANTI FILHO
(1990) os jesuitas alí estabelecem sua primeira residência, ou missão, em terras maranhenses.
A Eussauap de D' Abbeville (1612) é chamada de Uçagoaba pelos padres Manoel Gomes e Diogo
Nunes (1615) e, a partir de 1622, recebe o nome de Aldeia da Doutrina
dos padres Luis Figueira e Benedito Amodei. Em 1º de agosto de 1757 recebe a
atual denominação - Vila do Vinhais.
Extinta em 1835...
Buscamos uma vez mais em Cesar MARQUES (1970) outras informações, agora sobre a
Igreja do Vinhais:
“Pertenceu então a outro donatário porque descobrimos
termos da junta das missões de 13 de abril de 1757, que passou para o domínio
dos frades da Ordem de Santo Antonio, sem podermos contudo dizer como se
efetuou esta mudança, e então se chamou
aldeia de São João dos Poções.[...] [1o. de agosto de 1757 em que a Aldeia da Doutrina
foi elevada à categoria de vila com a denominação de Vinhais] foi criada a freguesia em virtude de Resolução Régia
de 13 de junho de 1757, sendo o seu primeiro pároco encomendado o beneficiado
Antôno Felipe Ribeiro”. [...] “Em 5 de maio de 1829 a Câmara ‘pediu ao
Presidente a construção de uma igreja, por ter desabado a que havia, de uma
cadeia, que era um quarto por baixo da casa da Câmara, porque tendo caído o
templo de que o quarto fazia parte, ficou ele arreuinadíssimo, e de uma casa da
Câmara porque a existente estava com os sobrados despregados e com faltas’. “.
(p. 632-633).
Ainda em
Cesar Marques, descobrimos que os presbíteros Domingos Pereira da Silva,
vigário colado da freguesia de São Bernardo da Parnaíba, e Maurício José
Berredo de Lacerda, vigário de São João Batista de Vinhais, apresentaram
requerimento colocando sob suspeição a divisão da freguesia da Sé e a criação
da de Santana, em 17 de janeiro de 1803 (p. 446).
GAIOSO (1970), ao identificar as cidades,
lugares, villas, freguezias por toda a capitania, afirma que na ilha de São
Luís do Maranhão - em 1818 -, tem a cidade deste nome e:
"A villa
de Vinhaes he uma pequena povoação de Indios, que goza de privilegio de ter seu
governo municipal, de que são membros os mesmos Indios. Tem sua igreja
particular que lhes serve de freguezia, com a invocação de S. João Batista. A
congrua dos vigários destas povoações he de 50,000 r. pagos pela fazenda real,
que cobra os dizimos, e devem apresentar certidão dos respectivos diretores, em
como compriro com os officios pastoraes." (p. 110)
Sobre
a igreja existente em Vinhais, MORAES
(1989) lembra que a capela de São João de Vinhais, construída no século XIX
(sic), substituiu templo muito anterior,
que ruíra, e que fora matriz da freguesia, criada pela Resolução Régia de 18 de
junho de 1757.
A reconstrução
da igrejinha do Vinhais foi feita pelo 15o. Bispo do Maranhão, D. Marcos
Antonio de Souza. Em carta a seus auxiliares, datada de 30 de dezembro de 1838,
“julgando aproximado o tempo de descer aos silêncios da sepultura”, pede
para ser enterrado na Matriz de São João Batista de Vinhais, que mandara
reedificar:
“Se não fôr possível ter o último jazigo nesta
Cathedral de Nsa. Sra, da Vitória, junto às cinzas dos meus Predecessores, como
sesejava um santo Bispo de Milão, se não me fôr permitido descançar junto al
Altar, em que poe muitas vêzes tenho celebrado os augustos mysterios da
Religião Santa, que professo, hé de minha última vontade, que o meu
enterramento, se fallecer nesta Cidade, ou suas vizinhanças seja na Matriz de
S. João Baptista de Vinhaes, reedificada com algum trabalho meo”. (CONDURÚ
PACHECO, 1968, p. 164).
No
ALMANAK DO MARANHÃO para o ano de 1849, consta da relação dos párocos do
Bispado do Maranhão o nome de
Manoel Bernardo Vaz, como vigário colado da Igreja de São João Batista
do Vinhais.
D.
Manoel Joaquim da Silveira, 17o. Bispo do Maranhão, inicia, a 27 de dezembro de
1854, uma visitação às paróquias. Sobe o “São Francisco” - “braço de mar em
que deságua o rio Anil”, em dois escaleres do brigue “Andorinha:
“... Pitoresco o promontório dos remédios, com a
alvura deslumbrante e devota da Ermida de Nsa. Senhora. Com pouco mais de 3 quartos de hora de viagem,
estão no pôrto de “Vinhaes, outrora Villa, e muito mais povoada que
actualmente’. Foguêtes, recepção, bençãos. ‘Hospedagem ecellente em casa de propriedade do Vigário Geral. Visita dos
ingênuos habitadores dêste pacífico lugar’.
“Na manhã
seguinte começam os trabalhos. Pouca frequência. Não há confissões: 75 crismas.
‘Pequena a Matriz de pedra e cal; airosa, porém e mui bem ornada’. Construída
por D. Marcos, já está arruinada.
Ajudado com 4:000$000 da Província e com o produto de loteria, D. Manoel fez os
reparos desta...
“... a 3 de
janeiro, por Vinhais, retorna S. Excia. à Capital”. (CONDURÚ PACHECO, 1968, p. 234-235).
À
época da nomação do 19o. Bispo do Maranhão,
D. Antonio de Alvarenga - 1876 -,
era pároco da igreja de São João Batista de Vinhais o Pe. Custodio José
da Silva Santos.
Em
1985, os moradores da Vila velha do Vinhais pedem ajuda aos moradores do Conjunto
Recanto dos Vinhais para a reconstrução da Igrejinha ... o telhado estava no
chão, mais uma vez ... A primeira pessoa que, nessa época estendeu a mão, foi
uma médica, que mandou reconstruir o telhado. Depois, alguns moradores
reuniram-se e resolveram ajudar, criando uma comissão – informal –
pró-reconstrução da Igreja...
Muito
embora conste do “Inventário Nacional de Bens Móveis e Integrados”, do
Ministério da Cultura, que em 1995 tenha sido restaurada pela Secretaria de
Cultura do Estado, através do Departamento de Patrimônio Histório e
Paisagístico (MinC, 1997) – recurso de R$ 8.000,00 (oito mil reais) – isso nunca se deu; desde 1985, todas as
intervenções físicas se deram com recursos arrecadados junto à comunidade, sem
qualquer interferência de qualquer poder público – seja nacional, estadual, ou
municipal...
Desde
o ano de 1985, os moradores do "Vinhaes Velho" - hoje compreendendo
os bairros da Vila Velha do Vinhais, Recanto dos Vinhais, Portal do Vinhais,
Alameda dos Sonhos, Conjunto dos Ipês (Vale),
Residencial Vinhais III, Conjunto dos Colibris - a estão reconstruíndo - pela
quinta vez, nesses quase 400 anos.
Por
muitos anos abandonada, tendo deixado de cumprir sua função de unir pela fé
católica seus moradores, estava novamente em ruínas. Desde que o
conjunto Recanto dos Vinhais foi construído, há 23 anos, seus moradores tentam,
junto com os residentes da Vila Velha do Vinhais, ter um Padre rezando missa. Estamos em campanha
permanente para a recuperar físicamente ...
Em
1997, perdeu a tituralidade. Deixou de ser a sede da paróquia.
Hoje,
ao completarv 400 anos de sua primeira missa, volta a ser sede de paróquia: São
João Batista, de Vinhais Velho...
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