Em
nota enviada à Assessoria de Comunicação da Corregedoria Geral da
Justiça do Maranhão, a juíza da 1ª Vara da comarca de Rosário, Rosângela
Prazeres (foto), informa que desde a segunda-feira (22), quando foi comunicada
pelo delegado de Bacabeira, Davi Feller, sobre a presa encontrada com
celular no útero, determinou a expedição de ofício à Superintendência de
Polícia do Interior, bem como ao Secretário de Segurança Pública para
adoção das providências que o caso requer.
O
episódio envolvendo a presa de Justiça de São Luis, Leiliane Boás da
Silveira, encontrada com um aparelho celular escondido dentro do útero,
foi comunicado à magistrada em ofício assinado pelo delegado, no qual
Feller relata que “o fato só foi descoberto devido a
fortes dores e febre das quais a presa passou a se queixar e, após ser
submetida a um exame de raio-X do útero no Hospital Socorrão II, em São
Luis”.
No
documento, o delegado solicita da magistrada a imediata transferência
da detenta para outra unidade prisional, bem como medidas para impedir o
encaminhamento de outras presas para a Delegacia de Bacabeira, devido
“à precariedade das instalações e à superlotação” da mesma.
Segundo
Rosângela, a presa continua na Delegacia de Bacabeira, uma vez que a
informação é de que não há vaga para a detenta em São Luís.
Problemas
- De acordo com a magistrada, Leiliane Boás da Silveira responde a
processos pelos crimes de tráfico de entorpecentes e homicídio na
comarca de São Luís, mas foi transferida para a Delegacia de Bacabeira
porque apresentava sérios problemas de comportamento no presídio
femenino, onde estava custodiada anteriormente.
Interdição
- Na nota, Rosângela Prazeres ressalta que inspecionou recentemente a
Delegacia de Bacabeira, tendo encaminhado ao Conselho Nacional de
Justiça relatório descrevendo o estado precário da unidade prisional. No
documento, a magistrada cita o funcionamento da delegacia - apesar de
interditada judicialmente - e a omissão da Secretaria de
Segurança Pública na correção dos problemas apontados, inclusive
relacionados à insalubridade constatadas pela Vigilância Sanitária.
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