ACIRRANDO OS ÂNIMOS

Os ânimos estão acirrados. O governo partiu para o ataque contra a oposição, através do Sistema Mirante de Comunicação da família Sarney. Os ataques estão concentrados, agora, especialmente contra o ex-deputado e ex-prefeito de Caxias, Humberto Coutinho que representa politicamente um dos maiores redutos eleitorais do estado. Mas a bancada oposicionista com assento na Assembléia Legislativa está afiada e não perde a oportunidade de contestar as denúncias e esclarecer os fatos.

Daqui até as eleições de 2014 a população queira ou não, vai respirar apenas política. Os oposicionistas mostram a tentativa do governo em impressionar, com propaganda na mídia que Roseana está trabalhando e muito e os governistas querem nivelar, por baixo, administradores e ex-gestores que não os apóiam às mazelas do mundo real.

Quer dizer: na mídia o Maranhão cresce e se desenvolve, mas na realidade as denúncias variam de corrupção à má gestão. Até o Ministério Público que estaria usando “dois pesos e duas medidas” já entrou na onda das críticas, por parte de parlamentares que apóiam a candidatura de Flávio Dino (PCdoB), ao governo do Maranhão. “O bicho vai pegar!...

A revolução na educação do Maranhão (I)
A governadora Roseana Sarney, do alto de sua sensibilidade sociológica, prometeu que este seria o “melhor governo de sua vida”, como se quisesse atestar que os outros foram igualmente ruins. Era melhor ficar calada. Por proferir tamanha ignomínia, quis o tempo e as suas nuances contradizer-lhe em tamanha mentira, fazendo de todos (e são muitos), o atual governo, como o pior dos governos da filha de Sarney. A prova disso está na educação. Os indicadores continuam sendo os piores do Brasil. Pra nosso alívio, se é que isso ajuda, só estamos à frente do estado de Alagoas.

O sucateamento das escolas é uma verdade absoluta em todo o estado. Esta realidade tende a se agravar com os já anunciados cortes no orçamento da Educação para o ano de 2014. Aí talvez sairemos da penúltima posição e assumiremos a lanterna na qualidade da educação. É esta a revolução na educação?

A revolução na educação do Maranhão (II)
À propósito desta revolução às avessas, está em curso mais uma grande maldade. Com o objetivo de sanar o déficit de professores na rede estadual, foi proposto um famigerado mapeamento eletrônico, propagado pelo Secretário de Educação, Engº Pedro Fernandes, como a única maneira de descobrir onde estariam tais professores que não se encontram em sala de aula. A desconfiança era de que gestores de escolas acobertavam tais professores.
Feito isto, o Secretário descobriu o que todos, menos ele, já sabiam.

1) Que por conveniência de chefes e necessidade setoriais, muitos dos professores (alguns bens jovens) que poderiam estar nas salas de aulas, estão nos mais variados setores da própria Secretaria exercendo funções técnicas e de assessoramento, ganhando além dos seus salários, algumas irrisórias comissões;

2) Que por não haver funcionários técnicos-administrativos nas escolas, pois o governo há muito tempo não faz concurso para estas áreas, muitos professores em fim de carreira, alguns sexagenários, sem o perfil da docência para atuarem nas classes de hoje, estavam a exercer funções administrativas e necessárias dentro das escolas, como, secretária escolar, auxiliares de secretaria, bibliotecárias, apoios pedagógicos, etc.

Agora a maldade. Por determinação do Secretário e para que se possa cumprir a meta do “melhor governo”, está sendo exigido que apenas aos professores sexagenários, que estão nas escolas, alguns às vésperas de completarem o tempo de suas aposentadorias, sejam lotados em salas de aula. Algumas senhoras não conseguiram, dizem, subir as escadas da SEDUC para se apresentarem à convocação ordeira. Soube-se de uma conhecida professora, com mais de sessenta anos de idade, com redução de carga horária, em véspera de se aposentar, moradora do Parque Amazonas, lotada em uma escola no Bairro de Fátima, que fora lotada no turno noturno em uma escola da Ilhinha.

É esta a revolução da Educação?

Outubro vermelho
Outra prova do descaso em que está o governo de Roseana Sarney é a segurança pública. As estatísticas não mentem. Ainda mais esta, pois os cadáveres estão à mostra. O mês de outubro, findado na última quinta-feira, dia 31, fechou com a alarmante marca de 108 mortes violentas, somente na grande região metropolitana. Um absurdo. Não é qualquer conflito no Oriente Médio para matar mais do que aqui.

Somos a 7ª capital mais violenta do Brasil. Mais uma péssima estatística a engrossar as muitas que acompanham o 4º governo de Roseana.

Já é hora de uma tomada de posição por parte do governo. Urge que uma força tarefa de todos os poderes constituídos venha a acontecer. Estamos vivendo um estado de guerra. A incompetência do sistema de segurança é patente. A violência se alastra por todo o estado. Tá mais do que na hora de sentar na mesa o staff dos governos estadual, municipal, poder judiciário, Ministério Público, polícias federal, rodoviária, militar, exército, marinha e aeronáutica. Todos.

É este o melhor governo?

Imagine o pior...
Sempre aprendi com os mais velhos que a palavra tem força. Ela pode ser propulsiva, que nos impulsiona, nos remete pra cima, ou que nos castiga. No caso de Roseana, o discurso de que este seria o melhor governo de sua vida, teve um efeito pela culatra.

Basta ver os indicadores sociais. A grande pergunta é: Se este é o melhor governo de Roseana Sarney, imaginem como poderia ser o pior...?

Deus nos livre!!!








Nenhum comentário

Copyrighted.com Registered & Protected