Servidores do Judiciário Federal em greve devem parar todos os serviços a partir desta segunda, 17

A greve do Judiciário Federal, que já ultrapassa sessenta dias, deve se fortalecer a partir desta segunda-feira, dia 17 de agosto. Os servidores pretendem pautar a análise do veto ao PLC 28, que recompõe seus salários, para derrubar a resposta negativa da presidenta Dilma Rousseff ao seu reajuste. Para tanto, eles vêm intensificando contatos com deputados federais e senadores em busca de apoio às suas pretensões, e vêm conseguindo apoio mesmo entre a base aliada do Governo. A categoria pressiona o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, para que paute na Sessão do próximo dia 18, terça-feira.

Em Assembleia Geral realizada pelo Sintrajufe, sindicato que os representa no Maranhão, na última quinta-feira, 13, eles rejeitaram o envio, pelo presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski ao Congresso, sem que tenha ainda sido analisado o veto ao PLC 28, enviado pelo próprio STF. Os servidores consideram que a nova proposta deixa de fora a recomposição salarial e piora sua situação, já que o reajuste médio será de menos de 7% ao ano, para uma inflação que está atingindo a casa dos dois dígitos, e desconsidera as perdas salariais de quase uma década.

Além disso, eles repudiaram, na Assembleia, a violência com que foi recebida a manifestação dos servidores em Brasília contra o envio da nova proposta, na qual teve servidores presos e feridos pela polícia do Distrito Federal. A avaliação da categoria é que a responsabilidade pelos atos de violência é do presidente do Supremo Tribunal Federal.

A partir desta segunda-feira, os servidores se concentrarão logo cedo à frente dos órgãos do Judiciário Federal, na Areinha, nas instalações da Justiça Federal, do TRT, do Fórum Trabalhista Astolfo Serra e, no começo da tarde, em frente ao TRE/MA.

Em todo o Brasil, a expectativa é que o movimento se fortaleça até a apreciação do veto pelo Congresso Nacional. 
 
 Na foto (divulgação), momento da Assembleia Geral realizada na última quinta-feira, 13, na Justiça Federal do Maranhão, quando os servidores decidiram por fortalecer ainda mais a greve pela revisão salarial que leve em conta as perdas dos nove anos que não tiveram reajuste.

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