O ataque que quase ceifou a vida do presidenciável Jair
Bolsonaro gerou interpretações as mais diferentes sobre a campanha e os
candidatos à Presidência da República, neste momento de absoluta desconfiança
do povo brasileiro sobre o comportamento pouco republicano de significativa
parcela da classe política, que busca desesperadamente um mandato, para tirar
proveitos pessoais quando deveria com o alto salário que recebe se dedicar em
representar os interesses da população. Por outro lado a diversidade de idéias
e de visão sobre a realidade do país colide com os pensamentos dos eleitores
que rogam por honestidade dos seus representantes em todos os poderes da
república onde a sujeira penetra nas cabeças de autoridades descompromissadas
com o coletivo.
Eleitos ou nomeados ao assumirem os cargos para os quais
foram designadas as primeiras iniciativas tomadas visam chamar familiares para
assessorá-los esquecendo por completo os compromissos assumidos com a
população. Nas casas legislativas, parlamentares sentados em cadeiras
confortáveis, engordam bebendo café com leite; nos tribunais os processos
“dormem” nas gavetas dos magistrados que não os despacham enquanto nos palácios
os encontros políticos e o puxa-saquismo ocupam o tempo dos governantes
atrasando a tomada de decisões sobre problemas urgentes que precisam ser
deliberados. A burocracia leva a culpa pelo atraso de decisões, enquanto à
população, resta esperar, impotente.
As agressões mútuas registradas nos debates entre
candidatos, quando se sabe que quase todos eles se nivelam por baixo nas ações
de desonestidade, revoltados, os desequilibrados partem para uma violência
descabida e criminosa como essa ocorrida contra Bolsonaro que poderá aumentar
seus índices nas pesquisas e levá-lo à vitória nas urnas, mas envergonha aos
brasileiros pacíficos que amam este país e não querem vê-lo achincalhado
internacionalmente. O ódio não pode nem deve se sobrepor à paz e a esperança, a
pesar da inconfiabilidade na política que, por atitudes reprováveis de muitos,
contaminada fica toda a classe.
MUITA CALMA
Precisa-se ter muita calma neste momento de turbulência
motivado, principalmente, pela campanha política que começa a interessar os eleitores
nos debates e avaliações nas esquinas, nas mesas de bares, nas escolas, nos
bancos das praças, enfim em todos os lugares que reúnem mais de duas pessoas, a
conversa gira em torno das possibilidades de cada candidato se eleger ou não. Lembre-se
que até o mês de julho não se ouvia comentários nem se via alguém interessado
no assunto que começou a esquentar e chamar a atenção da população,
principalmente nestes dias que sucederam o lamentável episódio de agressão que
vitimou Bolsonaro em Juiz de Fora – MG.
QUEM GANHA, QUEM PERDE?
No Maranhão as conversas mais freqüentes em todos os
ambientes são sobre as possibilidades de vitória de Flávio Dino e/ou Roseana.
Resultados de pesquisas destoantes entre um instituto e outro estimulam os
debates e as opiniões contraditórias. Os “comunistas” ainda acreditam que
Flávio Dino com cerca de 20% de vantagem sobre Roseana vencerá no primeiro
turno. Para os aliados da ex-governadora, como Edison Lobão semana passada declarou
aos analistas da TV Guará, haverá
segundo turno, sim, e que como “os outros candidatos são mais adversários de
Flávio do que de Roseana, deverão migrar para a candidata do MDB e reforçar com
muitos votos a eleição dela”, garantindo, na oportunidade, que hoje a diferença
segundo a preferência do eleitorado em favor do governador atual, não passa dos
6% e que o mais provável é que até a realização do primeiro turno essa
diferença seja reduzida.
As informações contraditórias, prestadas pelos dois grupos
contaminam, também, as posições nem sempre racional de parte dos eleitores,
muito deles ainda indecisos e incrédulos com relação à política outros, levado
pela paixão parte para a briga.
MANOEL RIBEIRO NA LUTA
Desfraldando as bandeiras de político que age com “coragem,
lealdade e ficha limpa” o ex-deputado e presidente da Assembléia Legislativa,
Manoel Ribeiro volta com tudo para retornar ao parlamento estadual, desta vez
pelo PRB. “Manoel Ribeiro é um político simples que não despreza seus amigos.
No período que presidiu a Assembléia Legislativa foi bom e preservou a amizade
com o funcionalismo, classe que sempre defendeu com muita convicção. Prefeitos
e colegas deputados que o procuravam para resolver problemas de interesse
público sempre receberam apoio e solidariedade dele que sempre se empenhou para
resolver os casos a ele apresentados. Nunca fugiu da luta”, escreveu um leitor
da coluna que aqui reproduzo com muita satisfação.
LULA NÃO DESISTE
Enquanto houver condições de recorrer contra a decisão do
Superior Tribunal Eleitoral, o ex-presidente Lula continuará pedindo votos para
o seu combalido PT e ainda acredita que a candidatura dele a presidente da
República será revalidada. A coluna sempre se posicionou, considerando as
posições dúbias dos tribunais, que a postulação do ex-presidente poderá culminar
com a efetivação dessa candidatura clamada por milhares de brasileiros,
especialmente das classes menos favorecidas. O “vai” e “vem” nas decisões dos
juízes de tribunais superiores nos dá o direito de admitir isso: tudo pode
acontecer neste país onde ser honesto deixou de ser considerada virtude, onde a
ética e a moral há muito tempo foram colocados na lixeira e terminaram nos
aterros sanitários.
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