Ontem, na reunião da CPI da Covid-19, no Senado Federal, o senador alagoano Renan Calheiros pousou como o mais honesto dos homens e pediu a prisão do depoente, ex-secretário de comunicação do governo, Fábio Wajngarten, sob a alegação de que ele (o depoente) teria mentido ao responder a uma pergunta feita pelo próprio senador sobre a versão dada por Fábio sobre afirmações criticando e responsabilizando o ex-ministro Eduardo Pazuello pelo atraso na aquisição de vacinas.
O depoente disse que não fizera tal declaração o que irritou o relator que imediatamente solicitou ao presidente da comissão a prisão do depoente. Negado o pedido de Renan o petista Humberto Costa, então, pediu que o depoimento de Fábio fosse encaminhado ao Ministério Público para realizar a necessário investigação.
Eu não contive o riso ao assistir nos telejornais a postura autoritária e moralista de um senador que responde por crime de peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e outras mazelas no STF.
O episódio levou o senador Fábio Bolsonaro e criticar o colega dizendo não admitir ver um homem honesto, sendo ameaçado de prisão por "vagabundo igual a Renan". Nesse momento a sessão foi suspensa e o ânimos acalmados.
Não concordo com a expressão chula do senador, mas convenhamos, que autoridade moral tem o Calheiros para mandar prender alguém? É de fazer rir e virar meme (risos). Só no Brasil...
Mas, quem deu ganho de causa para Renan Calheiros ser o relator dessa comissão? O também "respeitável" STF, onde têm ministros denunciados de cometerem práticas ilícitas por senadores e pessoas da sociedade civil.
A desmoralização contra os poderes constituídos no Brasil é algo indesmentível. A maioria da população mais consciente não acredita mais em nenhum deles. E pior: os poucos honestos terminam confundidos com os desonestos e tudo vira um bolo podre só.
Pois é, esse Tribunal foi autor da liberação do alagoano para assumir o importante posto de relator da Comissão da Covid no Senado, e posar como uma das maiores autoridades com direito, até, de prender supostos mentirosos.
Outra observação considerada pertinente: o ódio demonstrado nas palavras e atitudes do alagoano são aparentemente maiores do que aqueles nutridos por Flávio Dino e Jair Bolsonaro, mutuamente.
E o ódio de Renan é compreensivo. Ele não queria que as verbas mandadas pelo Governo Federal, destinadas aos estados para o combate à covid, fossem investigados, afinal o filho dele é governador de Alagoas.
Não votei nem pretendo votar em Bolsonaro, apesar dele ter banido a corrupção no Governo, prática que colide com o que ocorreu em governos anteriores ao dele (Fernando Henrique, Lula, Dilma e Temer) quando os escândalos eram diários causando prejuízo incalculável ao país e à população.
Mas por não aceitar cem por cento das atitudes, grosserias e arroubos desnecessários do presidente, principalmente com relação ao trato com jornalistas, me sinto disposto a votar em ladrões do quilate do Lula da Silva. Ladrão, inclusive de programas como o Bolsa Família, criado por FHC, que ele trocou de nome e se tornou autor. Os mais conscientes sabem que essa migalha distribuída aos mais humildes é pequena, diante do roubo velado e feito por ele e o PT nos oito anos à frente do governo.
Apesar de tudo isso poderá ser candidato a presidente da República, com o aval do STF que, com essa decisão, delibera a elegibilidade do petista e se vinga do atual presidente.
Não é fácil entender esse ódio dessa gente toda contra Bolsonaro, mas constatando-se que ele fechou o cofre e botou a chave fora, impedindo a corrupção, chega-se a conclusão de que "essa gente graúda e gananciosa" só pensa em dinheiro e poder. O resto que se lasque...
Um comentário
Mais Ridiculo ainda e dizer que não vota em honesto,e reto e justo, pôr causa da maneira de falar com a midia podre.
Se vc nãoo é podre não é pra vc
Mto ridículo essa fala
Postar um comentário