O povo maranhense paga preço altíssimo pela inoperância de governos incompetentes e desonestos. A aplicação incorreta dos recursos públicos e os desvios de condutas são fatos constatados no passado e no presente. As investigações são até iniciadas, porém, nada concluído. Houve grande divulgação de denúncias feitas pela imprensa e por parlamentares sobre as estradas fantasmas que eram dadas como asfaltadas, prestação de contas realizada, mas, na verdade nunca entregues à população.
Hoje, também, denúncias de obras dadas como concluídas, prestação de contas apresentada, mas que, na verdade, são fantasmas. As investigações não têm prosseguimento e o fato cai no esquecimento, enquanto a publicidade continua sendo levada a efeito e a enganação tem como alvo a população (prejudicada), favorecendo o governo (que paga) visando benefícios eleitorais.
Muitas irregularidades foram registradas no governo Flávio Dino, como aquela dos mais de R$ 4,5 milhões do Consórcio do Nordeste para compra de respiradores, que nunca foram recebidos pelos estados da região, inclusive o Maranhão. Um verdadeiro crime de corrupção em plena época de uma pandemia devastadora que matou milhares de maranhenses. Enquanto esses governadores culpavam o Governo Federal pelo descaso sobre a tragédia que assolou o país, agiam à calada da noite para usufruírem vantagens. E o que aconteceu? Apenas um processo e nada mais. Processo engavetado.
O preço que Carlos Brandão está pagando para substituir Flávio Dino é alto. Obras paradas, o Estado entregue às baratas, como se diz popularmente; economia estagnada, a miséria invadindo os lares da maioria da população e o responsável pelo caos querendo ser senador da República, mesmo tendo deixado o Maranhão com a menor renda per capita do Brasil. A maior é a de Brasília onde atuam deputados, senadores, ministros de Estado e de tribunais superiores. Cada uma dessas figuras ganha salários iguais aos que percebem dezenas de trabalhadores assalariados. A marca da desigualdade.
Voltando aos acontecimentos repugnantes do Estado, é preciso lembrar de esquemas comuns de troca de favores entre autoridades e que já foram denunciados, mas nenhuma providência tomada pelo Ministério Público. Por exemplo: a nomeação de familiares e amigos de juízes na Assembleia Legislativa e familiares e amigos de parlamentares empregados nos tribunais. Uma forma encontrada para driblar a Lei do nepotismo e fica por isso mesmo. É o favorecimento de alguns em detrimento do coletivo. Até o governador Brandão que em artigo anterior mereceu destaque por ser um político contra o qual não havia denúncias de irregularidade, aparece agora como beneficiário, através de pessoas da família, de cerca de meio milhão de reais da Câmara Federal.
Por essas e outras que se observa grande resistência em parte do eleitorado que já decidiu não votar em ninguém nas próximas eleições. As ações da maioria dos políticos mandatários desanimam os eleitores que exercem o poder do voto, mas nenhum direito é dado a eles. Tem político que mente por prazer, sem necessidade, só para atender ao próprio ego. Lamentável.
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