Tem-se lido com freqüência na imprensa livre do Maranhão que ministros do Governo Lula, convidados pelo governador José Reinaldo a visitarem o Maranhão, aceitam, acertam a data, marcam em suas agendas e depois desmarcam por supostas pressões dos senadores José e Roseana Sarney, como é o caso do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. Porém, mesmo sem sair de Brasília, Nascimento autorizou a execução das obras solicitadas pelo governador que esteve lá acompanhado do presidente da Assembléia, João Evangelista e mais 29 deputados. Menos mal.
Admitindo como verdadeira a informação de que os ministros que prometem vir ao Maranhão desistem sob pressão dos Sarney, demonstram frouxidão diante desses importantes maranhenses que trabalham contra os interesses do nosso Estado, fato que os coloca como promotores do mal, e, como tal, deveriam ser identificados pela sociedade como um todo, e não, apenas, pela classe política.
Essa situação, analisando-se todos os flancos da política deixa o presidente Lula, que luta pela reeleição, numa posição incômoda. Ele precisa entender, por exemplo, que hoje o governador José Reinaldo tem o apoio da grande maioria dos prefeitos e da quase totalidade dos deputados estaduais, além de pelo menos da metade da bancada federal e, sobretudo, da população que há muito almeja a libertação do Maranhão do famigerado jugo da oligarquia.
O senador amapaense e a enfurecida filha, também senadora, terão a oportunidade de, novamente, mostrar as suas garras na próxima terça-feira quando, finalmente, deverá ir ao Plenário do Senado para ser discutido e votado o Projeto de Resolução que pede autorização daquela Casa, para contratação de empréstimo junto ao Banco Mundial no valor de US$ 30 milhões que serão aplicados em projetos produtivos na zona rural com o objetivo de beneficiar famílias pobres do Maranhão.
Não podemos acreditar nem admitir que o ódio desses senadores contra o governador José Reinaldo e a Primeira-Dama, ultrapasse o limite da compreensão e do dever que eles devem ou deveriam ter de colaborar com o desenvolvimento do Estado e, conseqüentemente, com a melhoria de vida dessa sofrida parcela da população que se encontra em estado de absoluta pobreza. Seria uma maldade sem precedentes no meio político brasileiro, porém, não descartável.
Infelizmente, a senadora Roseana Sarney, corajosamente ainda luta com toda força por três objetivos: primeiro, prejudicar o Governo José Reinaldo no que puder, incluindo-se aí a rejeição do projeto de empréstimo pelo Senado e por pressão política impedir a vinda dos ministros que prometem visitar o Maranhão; segundo, ser ministra de Lula que, aliás, para os aliados dela mais apaixonados, são favas contadas (só não arriscam afirmar se isso vai acontecer neste ou no outro governo petista); terceiro voltar a ser governadora o que seria incongruência, uma vez que Lula já declarou, repetidamente, que nenhum dos seus ministros deverá ser candidato nas eleições de 2006.
Toda essa revolta e dor de cotovelo da ex-governadora Roseana Sarney, incentivada pelo poderoso pai tem atrapalhado a administração estadual que após esses embates deve se concentrar nos serviços de recuperação da malha viária do Maranhão que, apesar de todo o apoio obtido por ela, pelos Ministérios pertinentes, não teve a sensatez de trabalhar nessa área que se transformou num verdadeiro caos.
Excluindo-se a “fantástica” Paulo Ramos-Arame, onde a única coisa feita foi o pagamento de US$ 30 milhões, as estradas que ela construiu também carecem recuperação, o que prova o desinteresse e seriedade, por parte da gestão anterior, no trato com o dinheiro público. Será que a ex-governadora teme a vinda do ministro dos Transportes por causa desses desacertos da sua administração? Quem sabe?...
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