A objetividade do PT


O PT resolveu apoiar os atos do governo José Reinaldo e ajudar a detonar a oligarquia Sarney. Poderia ser outra a decisão do Partido dos Trabalhadores? Não! Isto se levarmos em conta o sentimento da grande maioria da população maranhense. Para os aliados e integrantes do clã sarneista, sim. Agora devem dizer que o melhor para o PT seria ficar fora da briga e nunca aliar-se ao governo de Zé Reinaldo. Mas, como? Os petistas sempre defendem a necessidade de se apurar a prática putrefata da administração de Roseana Sarney que, só agora, por determinação corajosa e despojada do governador Zé Reinaldo, está em curso. Em breve o povo maranhense tomará conhecimento dos malefícios que esse grupo comandado pelo senador José Sarney causou no Maranhão.

A participação do PT no governo, conforme demonstrou interesse o chefe do executivo, é mais um exemplo, por sinal forte e salutar, de que a vontade predominante do mandatário estadual é “colocar tudo em pratos limpos”. E isso aterroriza a oligarquia que em tempo algum, durante os quase 40 anos de dominação político-administrativa no Estado chegou sequer a admitir. Contrariando esse autoritarismo da poderosa família e, consequentemente, satisfazendo o desejo da sociedade, o governador mandou abrir as comportas e encaminhou ao Ministério Público a relação contendo 182 obras realizadas no Estado ao longo dos últimos 10 anos, na modalidade carta-convite.

Esse é um dos motivos que obrigam o ainda presidente do Senado a apressar o ingresso da filha - responsável maior pelo estado de miséria experimentado pelo Maranhão, atualmente – no Ministério do presidente Luís Inácio Lula da Silva. Vai entrar chamuscada e sair queimada do primeiro escalão do governo federal porque os escândalos vão tomar maior dimensão a partir do momento que as irregularidades por elas praticadas virem à tona. Os efeitos das investigações a cargo do Ministério Público representarão, em um futuro próximo a “pá de cimento” nas pretensões do cacique de se revitalizar politicamente e voltar a comandar os destinos do povo maranhense, o que seria, enfim, conhecer o mais profundo abismo...

Na Assembléia Legislativa, tudo indica, até porque os deputados conhecem as artimanhas da oligarquia, dificilmente haverá mudança. Prevalecerá o que foi acordado entre a maioria dos parlamentares, aos quais cabe, exclusivamente, o voto para eleger a nova Mesa Diretora e o governador José Reinaldo que precisa, mais que nunca, de tranqüilidade para governar e mudar a história política do Maranhão. A oposição tradicional não tem outro caminho a seguir: O PT foi mais objetivo...

FUNDEF

O Governo Federal, talvez sem querer, estimulou a corrupção nos municípios ao liberar as diferenças dos recursos do FUNDEF aos prefeitos que estavam deixando o cargo no dia 31 de dezembro de 2003. Um exemplo: a Prefeitura de São João Batista recebeu cerca de R$ 600 mil no dia 26 de dezembro. O prefeito fez a maior farra gratificando os professores, coisa que não fez durante os últimos anos do seu terceiro mandato. Até aí tudo bem. Mas desse dinheiro, 40% ou seja, aproximadamente R$ 240 mil seriam destinados a reforma, equipamentos e construção de escolas. Há cinco dias de deixar o cargo, mesmo que quisesse, não poderia fazer nada disso. O dinheiro não ficou na conta bancária nem no caixa da Prefeitura. Pergunta-se: cadê esse dinheiro? Se alguém sabe ou viu, além do próprio alcaide, que se manifeste. Aliás, é necessário relembrar que o ex-prefeito de São João Batista responde a 12 Ações Civis Públicas pelas práticas de dezenas de atos de improbabilidade administrativa, inclusive o desvio de verbas do FUNDEF, motivou uma ou duas dessas ações.

Autor: Ministério Público

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