Há coerência no PT nacional?


A posição da direção do PT nacional, de acordo com a palavra do presidente José Genoino, contra a participação dos petistas locais na batalha que ora travam o governador José Reinaldo e a oligarquia Sarney de não admitir a aliança com o governo maranhense tira a autonomia do diretório estadual não por uma questão de coerência, mas atendendo a um pedido do ainda presidente do Senado, José Sarney. Que ditadura é essa que o presidente Genoino quer impor a um partido considerado democrático e defensor intransigente das liberdades?

Em cada Estado há uma realidade política e nem sempre os interesses do PT coincidem com os do Governo Federal. Se hoje o chefe da oligarquia maranhense é importante para o governo Lula no pensamento de José Dirceu e Genoino, no Maranhão as forças democráticas conscientes, incluindo-se aí o PT, querem derrotá-lo para o bem do povo e do Estado. Se o PT, aqui, não pode participar da base de apoio ao Governo Reinaldo, sendo do PTB que integra a base de sustentação do Governo Lula, Roseana que é do PFL, opositor de Lula pode integrar o seu Ministério?

Genoino poderá argumentar que os Sarney apoiaram Lula, mas, José Reinaldo, também o apoiou. O desserviço que o ainda presidente do Senado presta ao PMDB agrada Lula, Genoino e Dirceu. Seria esse o motivo de tanta gratidão e da recompensa, dando a Roseana (filha) um Ministério? E ainda vedaram os olhos para os escândalos promovidos por Roseana – episódios da Fábrica de Confecções de Rosário, Lunus, Usimar, estrada Paulo Ramos/Arame, entre outros – porque pai e filha tentam desmoralizar, respectivamente, o PMDB e o PFL?

É verdade que Sarney e Roseana são personagens importantes nesse processo de desgaste dos partidos a que pertencem visto, como traição pelos mais lúcidos observadores e como ato de bravura e de inteligência pelos fâmulos da oligarquia, conjunto no qual pode-se incluir José Genoino e José Dirceu.

Até o momento que escrevia este artigo, não se sabia da posição do PT maranhense com relação as colocações do presidente nacional do PT, que não leva em consideração a luta, que não é de hoje, dos seus companheiros maranhenses pelo fim dos desmandos da oligarquia que tem, na sua trajetória, um rosário de malefícios causado ao Maranhão.

Espera-se que nesse caso predomine o diálogo e o respeito à posição dos petistas locais, testemunhos da avareza a que esse grupo submeteu o Estado com conseqüências drásticas para a sua população.

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