Os arroubos do "galo" Murad


A família Sarney, especialmente o senador chefe da oligarquia, pensa que o Maranhão é propriedade particular e o povo, tratado com desprezo, obrigado a render-lhe homenagem. Mas isso vai mudar. O Maranhão e os maranhenses vão se livrar dessa oligarquia nefasta, retrógrada e insana. O Maranhão, livre das amarras da oligarquia, vai se desenvolver e o povo viverá, com absoluta certeza, mais feliz. A corrupção subtrai mais de 20% (vinte por cento) das verbas estaduais, enriquece um pequeno grupo de pessoas, enquanto a maioria da população sofre com a falta de empregos, de oportunidades, de incentivo, porque, para a oligarquia, quanto mais pobre e dependente for o povo, melhor para ela.

O filho ingrato, autor dessas colocações, é o ex-gerente Ricardo Murad, que por um período de cerca de 10 anos esteve afastado do poder, pousando de opositor dos Sarneys, ao qual serviu e do qual tirou proveitos pessoais por mais de duas décadas. Inconformado porque não pode fazer no governo de José Reinaldo o que fizera em Coroatá, onde dava as ordens na administração de Rômulo e na Prefeitura de São Luís, na gestão de Mauro Fecury, Murad anda levitando, parecendo o saudoso “Rei dos Homens” na busca de alguém para ouvir suas baboseiras.

Considera-se líder. Nas últimas eleições municipais ficou patenteado que não o é. Diz-se honesto, mas as denúncias mostram que, como gerente da Metropolitana, surrupiou recursos públicos, utilizando-se da empresa de um amigo “fiel” e de procedência duvidosa. Participou do esquema da oligarquia, rompeu, esculhambou, voltou e hoje elogia e nela se ampara para “denunciar” o governo. Pergunta-se: Ricardo Murad tem autoridade moral para dizer o que é licito ou ilícito?

A maioria da população de São Luís ainda lembra do famoso “buraco da Ivesa” que Ricardo Murad praticamente obrigou o então prefeito Mauro Fecury a comprá-lo a um preço altíssimo, segundo denúncia, na época, do líder da oposição na Câmara Municipal, vereador Hélcio Silva. Esse fato é suficiente para provar que Ricardo Murad sempre se locupletou do poder público. Desespera-se, quando arrancam-lhe das tetas do poder. Essa é a sua maior magoa contra o governador José Reinaldo que o demitiu da Gerência Metropolitana, antes do estrago ser maior.

Sem perder a pose e a arrogância, Ricardo ameaça de processo o Jornal Pequeno. É direito dele o fazê-lo. Precisa entender, por outro lado, que é dever de um jornal que tem compromissos com seus leitores, informar a verdade, e esta, certamente não está favorável ao ex-gerente. Os arrombos do ex-gerentão são recebidos pela sociedade como o canto de um galo velho que já não sabe mais destinguir o que é dia e o que é madrugada...

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