Jogo sujo na eleição

A esperteza de alguns políticos sempre vai superar a honestidade de outros. A derrota de João Castelo foi uma conseqüência das artimanhas do seu principal concorrente e adversário, Epitácio Cafeteira, que, ao observar a obsessão da grande maioria do eleitorado por Lula, não teve dúvida em colar a sua imagem ao presidente da República. Driblou a Justiça Eleitoral, enganou o povo e conseguiu o seu objetivo. É o jogo sujo da política, abominado pelos homens de bem em plena vigência.

No interior, a compra de votos, a boca de urna e o transporte irregular de eleitores transcorreu normalmente. A Justiça Eleitoral não dispõe de meios para fiscalizar e punir os infratores. As pessoas assistem, protestam, mas não ousam denunciar porque os infratores não deixam rastros, são espertos e contam com a conivência de cabos eleitorais, igualmente identificados com o ilícito e com a forma sutil de praticá-lo.

Candidatos cassados pelo TSE, na última hora apoiaram outros candidatos, fizeram campanha, desdenharam da Justiça e, segundo se comenta, ganharam dinheiro. A miséria na qual vive a maioria da população é o ingrediente principal da sobrevivência de políticos corruptos que, na hora "H", compraram votos para se eleger ou eleger outrem que vão defendê-los nos tribunais. Compromisso com o povo, nenhum.

Mas vem aí o segundo turno para presidente e governadores nos Estados onde a decisão não se deu no primeiro turno. No Maranhão, a Frente de Libertação liderada por Jackson Lago tem tudo para vencer a eleição. O grupo continua unido e decidido a lutar pela vitória. João Castelo, apesar de ter perdido, para o Senado, está integrado à luta, como era de se esperar, assim como os ex-candidatos ao governo Edson Vidigal e Aderson Lago, além da maioria dos deputados federais e estaduais atuais e recém-eleitos.

O deputado federal João Castelo, ao contrário de Cafeteira, enfrenta as dificuldades pessoais com dignidade e coragem. Não se abate facilmente. A participação dele nessa batalha sem trégua para libertar o Maranhão e conter o poderio política da oligarquia Sarney é uma contribuição valiosa e indispensável. A liderança de Castelo foi um pouco ofuscada em virtude do jogo sujo posto em prática por Cafeteira, mas não tirou o brilho nem a clareza da sua consciência que lhe ditam o caminho a seguir, sempre levando na bagagem o desejo de ver o Estado próspero e o povo liberto e mais feliz.

Lutar por um Maranhão livre ao mando e dos desmandos da oligarquia Sarney é um dever de todos os maranhenses conscientes de suas responsabilidades com o coletivo. Contribuir para o Estado se desenvolver e possibilitar uma vida mais digna para o povo é um sentimento que deve contagiar a sociedade como um todo. O individualismo, o interesse próprio e a ganância priorizados pelo império odioso, devem ser extirpados pela decisão livre e democrática do povo. A hora é essa!

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