O "Rei", finalmente, foi destronado

NOVOS TEMPOS
A força do atraso perdeu. Venceram a esperança e a perspectiva da reconquista de um estado livre, democrático e próspero. Jackson assumirá o governo no dia 1ºde janeiro de 2007 pronto para avançar rumo ao desenvolvimento econômico e social almejado. O governador José Reinaldo há de ser reconhecido pela história como grande maestro da orquestra oposicionista que, até então, estava desafinada. Enquanto uns "músicos" ensaiavam baião, outros tocavam tango. Foi preciso ele romper com a oligarquia, permanecer à frente da administração e assumir o comando da luta em prol da libertação do Maranhão. Deu tudo certo.

O "rei", finalmente, foi destronado. A "rainha" perdeu a "coroa". Os "súditos" cantaram o hino da liberdade. É bom demais ser livre. Melhor ainda aguçar a esperança de viver melhor, sem medo da chibata. De poder falar, opinar, criticar, enfim, participar, se inserir no contexto da cidadania. Ser respeitado. A oligarquia achava que podia tudo, mandar em tudo, não admitia o contraditório. Quem ousasse discordar dela era "nomeado inimigo".

Agora são tantos os "inimigos" que não há mais como controlar. Os estudantes, em massa resolveram contribuir. Despertaram, com o grito de liberdade, a população de São Luís que parecia adormecida, anestesiada, como se ainda estivéssemos vivendo no período negro da ditadura militar. A esperança venceu o medo e o até então todo poderoso viu-se de calça curta e deve ter aprendido que a força do povo não está mais a seu favor. Mas, apesar de tudo, o "rei" deposto não perdeu a pose.

Quem assistiu a entrevista de Sarney, na última quarta-feira, na TV Mirante, de sua propriedade, deve ter observado um homem abatido e, ao mesmo tempo, arrogante. Agrediu o governador José Reinaldo, procedimento, aliás, sempre adotado por ele contra aqueles que estão deixando o poder. Foi hostil como ex-aliado e dócil com o governador eleito Jackson Lago. Elogiou Lula e se alto elogiou, como "líder de influência na política nacional". E se Lula não tivesse sido reeleito? Há quem garanta que ele (Sarney) já teria pintado o bigode de amarelo...

Mas os tempos agora são outros, muito mais saudáveis. Jackson assume a responsabilidade de governar o Maranhão quase totalmente livre da corrupção que durante décadas foi a grande vilã, impecílio do desenvolvimento do nosso Estado. A trancos e barrancos, é verdade, Zé Reinaldo iniciou o trabalho de limpeza, apesar das forças do atraso tentarem impedi-lo.

Essas mesmas forças ameaçavam a governabilidade ao deflagrarem uma verdadeira batalha contra liberação de recursos do governo federal e de outras fontes pleiteados pelo Maranhão. Como exemplo cita-se o caso do empréstimo solicitado ao Banco Mundial de US$ 30 milhões que Sarney e sua trupe fizeram de tudo para bloquear no Senado Federal. Felizmente foram derrotados.

Parte desses recursos já está sendo aplicado, beneficiando comunidades rurais que precisam de mais apoio e assistência do poder político para se desenvolverem. O Maranhão vai avançar. Além da ampliação da rede de ensino e o conseqüente aumento no número de vagas no ensino médio e, também, na Uema, o atual governo retirou "o estado da condição de campeão nacional da pobreza", superando o Piauí e Alagoas no Índice de Desenvolvimento Humano - disse o governador - acrescentando que "reduzimos a mortalidade infantil, a incidência de doenças causadas pela pobreza e o analfabetismo".

Esses avanços conquistados, somados à outros projetos, outros direcionados às melhorias de vida da população são louváveis e vão ser incrementadas pelo governo de Jackson Lago. O povo está esperançoso e confiante na sensibilidade e competência que elevam nortear as ações do futuro governo. Quando tudo estiver de acordo com o previsto, o povo, em uma só voz, haverá de dizer que a era Sarney acabou sem deixar saudade. "Antes tarde do que nunca".

O JP
O Jornal Pequeno no passado, sob a direção do saudoso Ribamar Bogéa, e, agora, de Lourival, acreditou e lutou sem tréguas por este dia 29 de outubro de festa, de alegria, de esperança com a consumação da libertação do Maranhão e da derrota da oligarquia odienta que tantas vezes perseguiu o JP, a trincheira corajosa e democrática do jornalismo maranhense. O órgão das multidões, mais do que nunca - como diria o Faustão - merece a credibilidade e o respeito dos seus leitores e da sociedade como um todo. Pela vitória e pela ética profissional.


O grupo político liderado pelo prefeito Eduardo Dominici, em São João Batista, apoiou Vidigal no primeiro turno e Jackson no segundo. Aproveito este espaço para homenagear o Zé. Não se trata de um Zé qualquer, mas de Zé Abreu, lutador, humilde, leal que trabalha bravamente pela sua eleição a deputado federal. Perdeu. Sem se abalar continuou a luta com a mesma disposição e perseverança pela vitória de Jackson. É um bravo! Parabéns, companheiro!

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