Posse de Jackson

FUI, VI E GOSTEI
No artigo de domingo passado garanti que iria assistir à posse do Dr. Jackson Lago no cargo de governador do estado. Cumprir todas as etapas (Assembléia, Praça Maria Aragão e Palácio dos Leões). Gostei dos discursos proferidos pelo atual e ex-governador e, também, do presidente da AL Na posse dos secretários vibrei com o discurso do secretário chefe da Casa Civil. Vi e sentir o entusiasmo do povo. Participei da “galera do aplauso.” Gritei VIVA! Alguns me acompanharam no gesto, outros me olharam como se estivessem reprovando aquela euforia. Gente do outro lado. Observadores de aluguel... Não fiquei incomodado. Estava e estou feliz. O Maranhão – como disse repetidamente o governador- não tem mais dono. Aliás, tem: o povo é quem manda.

Encontrei ali vários companheiros jornalistas e radialistas. Bons profissionais. Não tive oportunidade de abraçar a todos os políticos (amigos), mas, de longe, sem poder atravessar a multidão acenava demonstrando o grau da minha satisfação de revê-los. Foi uma tarde, seguida da noite de muitas alegrias. Diria inesquecível. Percebi algumas ausências importantes. Mas, assim como não revelei nomes dos que estavam lá, prefiro não dizer o nome dessas figuras, das quais senti falta. Mas, tudo bem. Isso também faz parte do complexo mundo político.

Em todos os segmentos da sociedade existem pessoas que me adoram. Também há aquelas que não me suportam. Encaro essa realidade com naturalidade. Detesto a hipocrisia e a subserviência. Continuo tentando aprender gostar de ser importante, mas sou reprovado pela minha consciência. Nasci para ser livre e humilde. Justifica-se, aí, a minha felicidade. Ontem encontrei com um amigo comum que me interpelou sobre um empresário que não teria sabido administrar a própria empresa, que contribuição poderia dá ao estado como secretário?

- Não sei – respondi. E acrescentei – não posso julgá-lo antecipadamente. Um episódio como esse não pode nem deve ser atribuído apenas a esse cidadão. Ao ser chamado a assumir sua crítica, negou-se. Por uma questão de ética me obrigo a não revelar o nome dele. Registro isso para não ser confundido com os covardes e subservientes que fazem carreira promissora omitindo informações e omitindo-se na escuridão das suas próprias conveniências.

O governador Jackson Lago não se fez de rogado ao dizer em alto e bom som que admite como colaboração ao seu governo, a crítica e a denúncia. Alerta-lo para os detalhes pode servir para atentá-lo sobre as grandes questões da sua administração. Por exemplo: promover auditoria para apurar o endividamento do estado é promessa que sempre rendeu votos. Torna-la efetiva é uma questão de coragem e de determinação. O ex-governador José Reinaldo sabe da importância dessa atitude, mas não a tomou. Incentiva o atual governador a tomá-la. O Jornal Pequeno em seu editorial da última quinta-feira chega a preconizar cadeia para os responsáveis e adianta que os governos de Roseana devem responder por significativa parcela desse condenável endividamento do estado e desrespeito no trato do dinheiro público. Que venha, então, a auditoria.

Cabe aqui lembrar o que escreveu Nicolau Maquiavel sobre a sua pátria: “E isto digo-o porquê amo a minha pátria mais do que a minha alma; e isto digo-o por ter uma experiência de sessenta anos; não creio que tenhamos algum dia sido mais cruelmente provados do que hoje; precisamos da paz, e não podemos deixar de estar em guerra. E pelo que a olhar de frente a má sorte – continua – suportei com tanta firmeza as minhas provações que delas me sinto reconhecido a mim mesmo e suponho valer eu mesmo mais do que o que julgava.”

Mas escrevia sobre a grande festa democrática: a posse do governador Jackson Lago que tirou o cacique Sarney do pedestal e o fez descer ao lugar comum. Revoltado não poupou insulto ao ex-governador José Reinaldo nem deixou de, sutilmente, ameaçar o atual chefe do executivo estadual. Mas isso não enfraqueceu o movimento, não desestimulou os que acreditam e confiam na capacidade e na boa vontade de Jackson Lago de fazer um governo participativo, voltado para a verdadeira bandeira do socialismo.

JOÃO CASTELO
Tomarão posse amanhã nos importantes cargos de diretor-presidente da EMAP – Empresa Maranhense de Administração Portuária e presidente do Conselho de Administração da empresa, respectivamente, João Castelo e Júlio Noronha, este último na condição de secretário de Indústria e Comercio do estado. Competente e dinâmico, Castelo haverá de executar um importante trabalho à frente dessa grande empresa. Advogado, ex-governador do Maranhão (que, pela administração que fez ainda hoje é lembrado satisfatoriamente pela população maranhense); ex-senador da República e, com 25 dias para findar o mandato de deputado federal, renuncia para assumir o novo cargo.

Na última sexta-feira, no programa “Bom Dia Maranhão”, da TV Difusora, além de responder com naturalidade e conhecimento de causa as perguntas que lhe foram feitas, o novo presidente da EMAP aproveitou a oportunidade para convidar os seus amigos para a solenidade de posse que acontecerá às 11 horas de amanhã (segunda-feira) na sede da empresa, no Itaquí. A indicação de João Castelo para esse cargo foi bem recebida no meio político e na classe empresarial.

INTRIGA, NÃO!
Tem um adjunto que não suporta o titular. Como podem trabalhar juntos, no mesmo “ambiente”? Como disse no texto principal, detesto hipocrisia. Ô mundo cão. Ou de cães?...

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