O POVO VENCEU MAIS UMA VEZ


            O povo maranhense venceu mais uma vez e soltou o grito de vitória, na última quinta-feira a noite quando o ministro do TSE, Félix Fischer pediu vistas do processo movido pela coligação “A Força do Povo”, derrotada nas últimas eleições, pretende, com o apoio do senador José Sarney (AP) cassar o mandato do governador Jackson Lago e o do seu vice, pastor Porto. Na mesma noite, num discurso emocionado, o governador maranhense fez um emocionante discurso da sacada do Palácio dos Leões, agradecendo o apoio dos movimentos sociais e da classe política, e considerou “esta noite como a “Alvorada da Liberdade”. 
            Não foi desta vez que a ex-oligarquia conseguiu, no tapetão, contrariar a vontade soberana dos maranhenses e impor a sua gana pelo poder. A festa foi suspensa do lado de lá da ponte. Espera-se que ela não venha a acontecer em fevereiro quando o processo deverá ser votado. O ex-ministro Francisco Rezek disse em memorial enviado ao relator do processo, ministro Eros Grau que a peça jurídica está cheia de equívocos e acrescenta ser, uma “tentativa de golpe de Estado via  Judiciária o processo movido contra o mandato do governador maranhense.”
                Mais de cinco mil processos contra prefeitos e vereadores eleitos este ano tramitam nos tribunais eleitorais dos estados e no TSE. É o inconformismo daqueles que, derrotados pelo povo tentam usurpar o mandato dos eleitos, como acontece, aqui, com o prefeito já diplomado João Castelo. Ele ganhou a eleição com mais de 56 mil votos de diferença sobre o seu opositor. Mas isso não foi suficiente para conter o desejo do perdedor de ser prefeito de uma capital, cujo eleitorado, por maioria, o rejeitou.
                   Mas no caso específico envolvendo o governador Jackson Lago, eleito legitimamente pelo povo e a família Sarney que não se conforma com a rejeição popular, observa-se, diante do comportamento e atitudes tomadas pelo pequeno grupo que a apóia, que a tomada do poder passou a ser uma obsessão. As empresas de comunicação do grupo praticamente impõem versões distanciadas da realidade, para manter viva a possibilidade de Roseana voltar a governar o estado, e, ao mesmo tempo, não registrar a debandada geral dos seus seguidores. Eles morrem de medo da solidão.     
                     A vontade popular de manter Jackson no governo e a expectativa do Maranhão continuar crescendo e se desenvolvendo é salutar e se contrapõe à indesejável volta da filha do cacique que tem a pretensão de ocupar o mando deste pedaço do Brasil e inserir no seu currículo a vaidade de pertencer a uma família poderosa e prestigiada a nível nacional; que influencia nas decisões de todos os poderes. Esquece, porém, que os tempos são outros e a força dos movimentos sociais, das lideranças políticas e comunitárias gritam e não se intimidam com os arroubos ardilosos praticados pelos que, sem nenhum compromisso com a sociedade, só pensam em tirar proveitos em situações como esta.
                    REGISTRO IMPORTAMNTE
                    Fui surpreendido por uma das mulheres admiráveis, porque respeitável pela competência e coragem chegou ao posto que hoje ocupa. Trata-se de uma das mais respeitadas magistradas do Brasil: Drª Ariana Gomes que na solenidade de diplomação de João Castelo e vereadores, disse-me textualmente: “todos os domingos leio a sua coluna. Admiro-o pela coragem. Eu sou assim. Agradeço não só essa leitora ilustre como outros que fazem questão de dizer  gostando ou não gostando; concordando ou não com a nossa posição, mas que lêem esta coluna aos domingos. O vice-presidente da AL, deputado Pavão Filho também fez questão de dizer  na presença do ex-deputado federal e ex-v ereador de São Luís, Enoc Vieira, que ler e gosta desta coluna. Obrigado a todos os leitores do JP.
               A NOSSA DOR
                 Não fui. Não quis ir. Não aceitaria ir. Não concordo. Protesto. Um amigo. Um professor. Um homem puro, amigo, humilde, honesto, amante da liberdade que até hoje lutamos para conquistar, não poderia ter morrido. Falo com todas as letras de Luis Vasconcelos. Meu irmão de dolorosas pressões no período da mais contestável reação da Ditadura Militar. Lembro-me do Othelino Filho, do João Alexandre Junior, do Cunha Santos, Filho, do Ribamar Bogéa. Trabalho sério, corajoso, independente, missão cumprida. Por que não uma cerveja para comemorar? O patrão pagava! Iam-se as noites na Afonso Pena. Coronéis , sargentos (,,,) nos observávamos. E daí? LV era o primeiro a gritar: “Viva a Liberdade!...Saudades, meu i    irmão.         
 




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