O senador José Sarney deve ter
se arrependido e muito de permitir que a sua vaidade pessoal superasse o bom
senso e se tornasse presidente do Senado Federal. Sob telhado de vidro sem
blindagem, atropelando todo mundo e escorado em Fernando Collor e Renan
Calheiros, deu uma de super-homem, se expôs e, agora, é protagonista do mais
escandaloso filme em exibição no Congresso Nacional. Como se não bastasse, estão
sentados nas cadeiras da primeira fila, os filhos Fernando e Roseana Sarney. O
primeiro, empresário envolvido em negócios espúrios e a segunda, idem.
È uma situação de vexame
nacional. A tentativa de esconder a verdade sobre o verdadeiro número de
diretorias na Casa (primeiro disse ser de l23, depois 136 e, agora, 181) e
decretando o corte de 50% delas não muda em nada a imagem chamuscada do
presidente que, com o já foi dito, chegou ao cargo escorado no que há de pior na
classe política brasileira: Fernando Collor e Renan Calheiros rotulados e
carimbados como corruptos – mor do Brasil. Exatamente Collor de Mello que o
chamou de ladrão e prometeu-lhe cadeia na campanha presidencial de 1990.
Nada disso mexeu com os brios
do senador amapaense que endoidou para ser presidente do Senado, ganhar força e
poder para exercê-lo em benefício da filha Roseana, arrancando do Palácio dos
Leões o governador Jackson Lago, entregando-o a ela. Mas o tiro, tudo indica,
vai sair pela culatra. Desmoralizado nacionalmente pelos escândalos divulgados
pela chamada grande imprensa, sem falar na importância do JP nesse episódio,
Sarney demonstra impotência para continuar na proa dessa luta, não obstante a
insistência de Roseana e seus aliados maranhenses que tentam reanimá-lo: “você
pode, você pode”...
Roseana, no caso das
passagens aéreas compradas com dinheiro público para agradar amigos, foi citada
por um articulista da Folha de São Paulo porque teria dito que hospedou no caso
“do meu pai apenas dois dos convidados” confundindo o patrimônio público com o privado.
Sim, porque a casa não é do Sarney, mas, da instituição que ele hoje
representa. Ela achava, também, que os Palácios dos Leões e o La Rocque, aliás,
o Maranhão eram dela.
Enquanto o bombardeio cresce
em Brasília, os aliados do clã aqui no Maranhão perdem fôlego. Os órgãos de
imprensa dominados pela família já não dá como certa a derrota de Jackson, como
antes. As mesmas “fontes” que abarrotavam os escribas de “informações” dando
conta da volta de Roseana ao governo, estão mais comedidos, orientando-os a
esperar a publicação do acórdão e a cotação dos Embargos e, posteriormente, os
Recursos que serão interpostos juntos ao Supremo Tribunal Federal. “Muita calma
nessas horas” é preciso...
Com toda a sua experiência política
– ora direcionada para o bem, ora para o mal – o presidente do Congresso deve
pensar lá com os seus botões que esse cargo lhe tirou o sossego e a paz; que a
ganância de poder deveria ter sido contida, principalmente, porque teve o apoio
de “companheiros” com Renan e Collor igualmente tidos como usurpadores do
patrimônio público, que se locupletam com o mandato que exercem, em detrimento
da miséria da maioria do povo brasileiro. É uma pena observar-se a degradação
moral dessa gente.
O prefeito João
Castelo foi a Brasília na última quinta-feira manter contatos com ministros e
outras autoridades do governo federal sobre assuntos de interesse de São Luís.
HELENA
A vice-prefeita de São
Luís e secretária de Saúde do município, médica Helena Duailibe será a
convidada do radialista J. Kerly para participar do seu programa, na Rádio
Educadora do Maranhão, que vai ao ar a partir das 21 horas, nesta terça-feira.
Assunto: Saúde Pública.
E O SECRETARIADO?
Ninguém falou mais do
secretariado do “governo Roseana”. O que aconteceu? Entenderam que a coisa não
é tão fácil como pensavam ser? Ganhar no grito é coisa do passado, minha
gente...
GARDÊNIA
A deputada Gardênia
Castelo vai ser convidada para ser a madrinha de um grande projeto de
reorganização das já existentes e criação de novas entidades comunitárias.
Conheço o projeto. É excelente.
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