Os espaços da oposição


          O momento político exige da Oposição posicionamentos mais lúcidos e firmes contra atos e atitudes do governo estadual. Ao criticar o “abandono ao Maranhão” importo pelos seus dois últimos antecessores, a governadora de fato, Roseana Sarney tenta impor à sociedade, a falsa idéia de que “no estado agora há trabalho”. O deputado Edvaldo Holanda (PTC) tem usado bem e com freqüência, a tribuna da Assembléia Legislativa, para desmistificar o engodo oficial.        
              Caminham na mesma linha de atuação, Gardênia Castelo (PSDB) e Valdnar Barros (PT), enquanto os demais membros desses partidos preferem a cômoda posição de aliados oficiosos  da administração Roseana Sarney. Sem tribuna, os ex-governadores Zé Reinaldo e Jackson Lago usam a mídia para destacarem suas convicções de opositores do grupo dominante.
                 Esses são os fatos mais consistentes da realidade política maranhense, que a nível nacional têm ressonância através dos deputados (Julião Amim (PDT) e Domingos Dutra (PT). Devido o indiscutível “racha” nas hostes petistas locais, onde a maioria parece preferir um acordo com o PMDB sarneysista proposto por Lula e companhia, a situação dos contrários é muito delicada. Caso a ala PT/PMDB ganhe o controle do partido nas eleições de novembro próximo, então, a coisa ficará pior.
                    E pior, também, as rusgas entre Jackson e Zé Reinaldo demasiadamente anunciadas por quem está interessado num possível rompimento: a imprensa dos Sarney. Para os simples mortais, observadores aqui da planície a disputa pela maior fatia das Oposições, requer “muita calma nessa hora”, pois qualquer rumor de briga enfraquece os contendores e fortalece os adversários.
                       O eleitorado da “Ilha Rebelde” já demonstrou que não atende ao chamamento da oligarquia. Prefere votar em quem se opõe a ela. Logo o caminho mais adequado para quem vai disputar cargos eletivos em 2010 e deseja ter votos na capital, é mostrar a cara, sem medo de ser feliz.

                         BB ESCLARECE
                          O Banco do Brasil informou à coluna, através de sua assessoria, que os empréstimos a funcionários públicos (desconto em folha) não podem ser feitos automaticamente, quando a proposta inclui a compra de dívidas firmadas com outras instituições financeiras. Nesse caso, o BB, com autorização do cliente, é obrigado a solicitar a esses credores o valor da dívida, para, então, fazer os cálculos e, de acordo com a margem de cada cliente, concretizar ou não a operação. Há casos em que o funcionário, além de pagar dívidas contraídas com juros mais altos, até recebe “troco”.
                               FÁBRICA DE GELO
                              O prefeito João Castelo (PSDB) acompanhado do secretário Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento, José Ribamar Luso Sousa e dos demais auxiliares diretos, inaugurou, ontem (26), a Fábrica de Gelo na Estiva, ao lado da Ponte do Estreito dos Mosquitos. A comunidade, maior beneficiária da obra, participou do evento e ouviu do prefeito João Castelo a certeza de que continuará trabalhando pelo desenvolvimento do setor visando proporcionar uma vida mais digna aos pescadores e produtores da área rural.
                               ZÉ DIRCEU
                                Demonstrando ter carta branca da ministra candidata Dilma Rousseff e do presidente Lula da Silva, o ex- ministro José Dirceu que teve o seu nome envolvido no escândalo do “mensalão” da Câmara Federal defendeu uma aliança PT/PMDB no estado, como ponto fundamental para o sucesso de sua candidata em 2010. Com a afirmação deixou feliz da vida os petistas ligados à oligarquia. O deputado Domingos Dutra, contrário ao “acordo” reagiu. Para ele (Dutra) a visita de Zé Dirceu não arrefece a luta interna pelo comando da sigla no estado, que acontecerá em novembro. Dirceu não descartou a possibilidade de intervenção do Diretório Nacional ao Diretório Estadual, caso a chapa contrária à aliança com o PMDB vença a luta e continue recusando a orientação nacional. A resistência de Dutra é respeitada pela população e pela maioria dos filiados, mas criticada ferozmente pelos “companheiros” simpatizantes da quase ex-oligarquia.                  
                             

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