O Secretário Max Barros, sem ordem judicial e sem autorização
da prefeitura, alugou um sítio dentro da Vila Vinhais e fez dele o quartel
general da empresa Marquise, com intenção de provocar uma tragédia na
comunidade.
Por dois meses os
moradores suportaram o trânsito intenso de máquinas pesadas passando por dentro
de seu território, ameaçando crianças e idosos, destruindo a reserva de mata
nativa, o manguezal, aterrando vestígios arqueológicos.
A agressão durou até o dia 09 de julho quando a comunidade de
Vinhais Velho cansada de agressões resolveu interromper o trânsito pesado para
impedir a destruição do seu patrimônio ambiental, histórico e arqueológico.
Durante a semana os moradores se revezaram na vigília de seu
território, impedindo as máquinas pesadas de circular. O Secretário Max Barros
passou algumas vezes na área debochando da comunidade.
Ontem 20 de julho o Secretário Max Barros, mandou o seu capitão do mato APARÍCIO BANDEIRA
reprimir a comunidade de Vinhas Velho. Acompanhado por 12 camburões e um ônibus da polícia e mais 04 tratores invadiu Vinhais Velho com mais de 200 policias entre coronéis, tenentes, sargentos, cabos e soldados
e até membros da Força Nacional.
A operação de guerra comandada pelo capitão do mato APARÍCIO
BANDEIRA estabeleceu o clima de terror com crianças correndo, idosos chorando,
mulheres ameaçadas de prisão.
As 13 horas o Deputado Domingos Dutra, Presidente da Comissão
de Direitos Humanos chegou na área comunicando ao Coronel Sá que se retirasse
da área pois a operação era ilegal, já que não tinha ordem judicial; a área
está sob apreciação judicial; a obra está suspensa por determinação da justiça
federal e a rua é de responsabilidade da prefeitura e não do governo do estado.
Após a intervenção do Presidente da Comissão de Direitos
Humanos o clima ficou menos tenso, os camburões da polícia se retiraram,
voltando os moradores a interromper o tráfico de carros pesados da empresa.
A Comunidade de Vinhas Velho permanece em virgília. Na
segunda-feira iremos requerer ao Governo Federal que suspenda todas as obras do
PAC realizadas pela empresa Marquise. Irá solicitar ao BNDES e à Presidente
Dilma que suspenda os repasses de recursos federais para uma obra que dizima
comunidades tradicionais. A Comunidade irá também denunciar por crime de
responsabilidade os Secretários Max Barros e Vitor Mendes com base na lei de
informação por sonegarem informações sobre a obra, bem como irá representar ao
Ministério Público Federal pelas violações à determinação de suspensão da obra.
Ontem mesmo o Deputado Domingos Dutra, Presidente da Comissão
de Direitos Humanos denunciou o uso indevido da Força Nacional para reprimir
uma comunidade que desde 1986 não ocorre um homicídio, roubo, furto ou qualquer
outro crime.
A Comunidade de Vinhas Velho já apresentou várias propostas
capazes de compatibilizar a realização da via expressa e a preservação da Vila
de Vinhais. No entanto, o Secretário Max Barros defendendo interesses
econômicos teima em querer destruir este patrimônio histórico.
Vamos continuar aqui. O que ocorrer será de responsabilidade da
Governadora ROSEANA SARNEY.
COMITÊ DE DEFESA DE
VINHAIS VELHO
CÁRITAS BRASILEIRA
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
SOCIEDADE MARANHENMSE DE DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS
FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA FAMILIAR
DEPUTADO FEDERAL DOMINGOS DUTRA
DEPUTADO FEDERAL BIRA DO PINDARÉ
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