Todas as vezes que o Brasil entra em crise, seja lá porque
motivos, quem paga o pato são os brasileiros. A conta da corrupção é altíssima
e o prejuízo provocado por essa avalanche de criminosos – que continua apesar
da Lava Jato – tira a esperança de, num futuro que não chega nunca, a população
viver dias melhores. Quando se tem um Senado Federal presidido por um réu, um
país comandado por um presidente que toma atitudes para solucionar a crise
protegendo figurões, que esperança poderia persistir no coração do povo?
As soluções encontradas por Michel Temer e seu ministério
liderado por Mário Meirelles com a promessa de salvar a Previdência Social do
caos que os corruptos a colocaram terminam por prejudicar sensivelmente os
aposentados e, principalmente aqueles que estavam sonhando com a aposentadoria
que, a partir de agora, ficará mais distante do seu alcance.
Em nome da paz e do respeito que deve cultivar o
relacionamento entre os poderes da República, semana passada o Supremo Tribunal
Federal concedeu ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL) o direito de permanecer
na presidência daquela Casa, depois do ministro Marco Aurélio, através de
liminar a uma ação interposta pela Rede Sustentabilidade, tê-lo afastado do
importante cargo. Renan foi rebelde ao se negar a receber a notificação dessa
decisão e o plenário do Supremo Tribunal Federal, por maioria, voltou atrás
deixando o alagoano no cargo.
Renan é réu em um processo e responde a mais 11 ações por
improbidade administrativa, lavagem de dinheiro e peculato. Apesar disso
continuará comandando o Senado Federal e a pauta de votação dos projetos de
reformas de iniciativa do governo. Para o ministro Marco Aurélio não ficar
muito “mal na fita” o STF praticou o chamado “jeitinho brasileiro” retirando o
senador da linha sucessória da Presidência da República.
Agora, em caso de se ausentarem do país Michel Temer e o
presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, quem assume a cadeira presidencial
é a ministra Carmem Lúcia, atual presidente do STF. Mas isso pouco interessa ao
senador alagoano, que não pretende deixar tão cedo o cargo que exerce e,
através do qual manobrou de todas as formas para sair-se “bem na foto”. O povo
brasileiro já não alimenta grandes esperanças neste que se diz “o país do
futuro”.
EM TEMPO DE ELEIÇÃO
Dirigentes de mesas diretoras no Senado e na Câmara
trabalham para se manterem nos cargos que ocupam. Renan Calheiros e Rodrigo
Maia, respectivamente, querem a reeleição e estão no comando das Casas e dos
cofres e os seus pares todo mundo conhece: são capazes de tudo. Basta lembrar
que a maioria deles responde a processos no Supremo por razões diversas. “Não
são flor que se cheire.”
Nas Assembleias, a busca de votos e as negociações tiveram
início este ano e em algumas delas o processo já foi definido. Nas Câmaras de
Vereadores os dirigentes lutam pela reeleição. Na maioria dessas casas houve
renovação dos seus membros e a conquista do voto dos “novatos”, pelos
comentários de bastidores, depende de acertos que custa dinheiro. Essas
“despesas” normalmente não saem do bolso dos candidatos, mas da “burra”. Isso é
crime, mas, para conquistar ou se manter no poder, para essa gente, o crime
compensa. E lá no fim da linha alguém sofre as consequências.
ODEBRECHT
A empresa Odebrecht talvez tenha sido a que mais faturou nos
governos do PT (Lula e Dilma), mas, foi a que mais pagou propina não só a esse
partido e sim a todos que tinham possibilidade de chegar ao poder e
recompensá-la com grandes obras. Aliás, obras que a empresa fez e não as
concluiu. Os prejuízos ficaram para o povo. Políticos governistas corruptos se
elegeram ou se reelegeram gastando dinheiro sujo, comprando votos sujos de
parte do eleitorado que ainda não se deu conta da importância da sua posição
decisão diante da urna.
Ninguém é ingênuo para não admitir que na política haja
desvios, há corrupção. Agora, porém, virou regra. À sombra das investigações da
Polícia Federal na atualidade, os prefeitos que entregarão seus municípios aos
prefeitos eleitos em outubro, que assumirão no dia 1° de janeiro/2017, se
preocupam em organizar papéis para prestarem suas contas ao TCE. Alguns deles
não vão conseguir essa proeza, tal o número de despesas pagas irregularmente. Os
que assumirão devem ter cuidado de abrir auditorias e detectar de pronto, as irregularidades
encontradas.
FEITOSA NA SEMED
Engana-se quem pensa que o Prefeito Edivaldo Holanda Júnior
planeja uma mudança na Secretaria de Educação do Município. O então Secretário
Moacir Feitosa, com seu estilo despojado e trabalhador, vem proporcionando um
desempenho de qualidade na educação municipal, como se espera de um bom
Secretário. Moacir, que conhece bem a estrutura da SEMED, foi responsável pela
alavancada e as sensíveis melhoras numa Secretaria que vinha mal das pernas na
gestão do antecessor Geraldo Castro. E o Prefeito sabe disto.
A presença do
Professor Moacir à frente da educação municipal deu uma nova dinâmica à rede. O
diálogo franco e direto com a classe docente e o desentrave dos muitos
processos que atrapalham a gestão pública são algumas das muitas
características do Professor Moacir, além da permanente valorização dos agentes
da educação. Desde que assumiu a SEMED, em março deste ano, implementou
reformas em mais de oitenta escolas, regularizou em cem por cento o transporte
escolar na zona rural além da construção de novas Unidades Escolares que serão
entregues ainda este mês à população de São Luís.
QUIDINHO
O nosso amigo comerciante Euclides Silva Pinto (Quidinho),
de São João Batista, faleceu na última segunda-feira deixando viúva, Dona Edna
Carneiro Pinto e filhos. Quidinho era um cidadão do bem e deixa um contingente
muito grande de amigos e admiradores, pela maneira simples de viver e de tratar
com as pessoas. Particularmente, o colunista comunga da dor, da saudade e do
sentimento da família enlutada, desejando que Deus receba essa boníssima alma no
Reino do Céu.
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