Por João Batista Azevedo
(Interino)
Na defesa final
apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o presidente Michel Temer pede
a separação da chapa Dilma Rouseff/Michel Temer e a anulação dos depoimentos de
ex-executivos da empreiteira Odebrecht. A informação foi publicada no
jornal Folha de S.Paulo.
A defesa de Temer alega que o ministro relator da
matéria, Herman Benjamin, convocou os delatores “sem requerimento de
qualquer das partes e do Ministério Público”, com base apenas em “‘indicativos
extraídos da mídia escrita’, resultado de vazamento ilegal das informações”.
Esses dois pontos implicariam na nulidade das oitivas, argumentam os advogados
do presidente.
“Os abusos praticados pelo relator da ação, além de
revelar comprometimento de sua imparcialidade, resultam na inadmissibilidade
dessas provas, dada a sua ilicitude”, escrevem os advogados. Eles admitem que
os depoimentos podem influenciar no julgamento, mas argumentam que os
fatos não têm relação com o pedido inicial do PSDB ao TSE. Entre esses fatos
estão o apoio de partidos políticos à campanha de Dilma mediante propina e o
pagamento ao marqueteiro João Santana.
A divisão da chapa é defendida com o argumento de
que Temer optou pela abertura de uma conta separada como candidato a
vice-presidente: ”Trata-se de uma única porta de entrada, mas de saídas
diferentes”. O prazo para a apresentação das alegações finais das defesas
encerrou nesta sexta-feira (24). Agora, o relator vai finalizar seu relatório e
liberar o caso para julgamento. A defesa de Temer é assinada pelos
advogados Gustavo Bonini Guedes, Marcus Vinicius Furtado Coelho e Paulo
Henrique dos Santos Lucon.
A
Polícia Federal e a operação Carne Fraca
A já combalida balança comercial brasileira levou
uma paulada na cabeça com a operação denominada “Carne Fraca” da Polícia
Federal, deflagrada na semana anterior. Os estragos vem num efeito dominó. Já
são inúmeras as demissões nos setores da imensa cadeia produtiva dos grandes
frigoríficos.
Nesta
semana o Ministério da Agricultura atacou a forma com que a Polícia Federal
divulgou as apurações da Operação Carne Fraca, que
investiga esquema de pagamento de propina e liberação de produtos irregulares.
Em entrevista coletiva no domingo (19), o ministro Blairo Maggi elevou o tom
das críticas ao trabalho da PF após participar de reunião com o presidente
Michel Temer e outros integrantes do governo para discutir os efeitos da operação.
Para Blairo, a “narrativa” da Polícia Federal ao
divulgar as ações da Carne Fraca está cheia de “fantasias” e “idiotices”. A
partir de agora, segundo ele, o ministério e a PF vão atuar juntos nas
investigações. “Em função da narrativa é que se criou grande parte dos
problemas que temos hoje”, afirmou.
Briga
de gente grande
O
pau tá cantando também entre os togados Gilmara Mendes e Rodrigo Janot (ou
Janote, como fala o senador Fernando Collor). Na última quarta-feira (22), o
Procurador-geral da República reagiu com discurso duro, às acusações
feitas pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em
sessão no Supremo, Gilmar acusou a PGR de se julgar “acima da
lei” e de “vazar” para a imprensa nomes de políticos que serão investigados na
Operação Lava Jato. Por sua vez, em evento da Escola Superior do Ministério
Público da União, em comemoração aos três anos da Lava Jato, Janot classificou
como mentira que beira a irresponsabilidade a informação reproduzida por Gilmar
de que a PGR tenha feito “coletiva em off” para repassar nomes da lista da
Odebrecht para jornalistas, conforme declarou o ministro.
Embora não tenha citado o nome de Gilmar, Janot
mandou recado direto ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Segundo o procurador-geral, a ideia só pode vir de “mentes ociosas e dadas a
devaneios” e ao “servilismo”. “Procuramos nos distanciar dos banquetes
palacianos. Fugimos dos círculos de comensais que cortejam desavergonhadamente
o poder político. E repudiamos a relação promíscua com a imprensa”,
declarou.
As
nossas estradas
Após o período chuvoso que continua intenso em
maior parte do estado, não será nada boa as condições de trafegabilidade das
nossas estradas, em especial a situação da MA-014, que corta a região da
Baixada Maranhense. Urge que providências comecem a ser tomadas no sentido de
recuperar a malha viária maranhense, pois do contrário as reclamações serão
inúmeras, o que pode desgastar e muito o governo estadual.
Do mesmo modo, vale o alerta à prefeitura da
capital, com vista aos inúmeros buracos que todos os dias aparecem nas ruas e
avenidas de São Luís. Está mais que na hora de uma eficaz operação de
tapa-buracos seja realizada em todos os bairros e avenidas.
O
drama de quem anda de ônibus
Não é à toa que a cidade por volta das 21 horas não
tem mais movimento nas paradas de ônibus, não é à toa que muitas escolas estão
fechando o turno noturno, não é á toa o apavoramento de muitos pais e mães de
famílias, jovens estudantes que se utilizam dos ônibus em viagem de volta pra
casa no horário da noite. Tudo por conta dos inúmeros assaltos e arrastões que
vem acontecendo nos últimos tempos aqui em São Luís. Só nesta semana aconteceram
em média 02 (dois) assaltos por noite. Diante do fato, pergunta-se: as
costumeiras blitzs feitas pela polícia militar parando carros particulares tem
surtido o efeito necessário? Não seria hora de repensar tal procedimento?
Mudar as estratégias de caça a esses assaltantes de
ônibus se faz urgente, sob pena de não termos uma cidade fantasma ao cair da
noite, e o fim do turno noturno também nos transportes públicos para os
bairros.
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