O deputado federal José Reinaldo Tavares não precisa provar
que quando toma uma decisão é pra valer, não tem retorno. Assim foi quando ele
resolveu romper com o grupo Sarney abrindo espaço político para a oposição. Com
o apoio dele Jackson Lago foi governador do Estado e Flávio Dino deputado
federal e governador em seguida. Até então mantinham excelente relacionamento
político.
De uns tempos para cá, porém, talvez influenciado por quem
“o aconselha” e do governo quer tirar proveito, o governador já não procurava e
nem recebia, em seu gabinete, o amigo e aliado de antes. “Congelou” a relação
com o feitor e passou a prestigiar até de forma exagerada, o concorrente
Weverton Rocha, anunciando-o como o primeiro candidato a senador, pelo seu
grupo.
É natural que o tempo passa e as relações políticas mudam de
acordo com as conveniências de cada um. Mas, na avaliação do grande público que
acompanha desde o início da mudança programada e executada no Maranhão por Zé
Reinaldo e que culminou com as sucessivas vitórias de Flávio Dino, com o
irrestrito apoio dele, isso se chama ingratidão, e, a ingratidão é abominável
no sentimento de homens e mulheres mais lúcidos.
E, em virtude desse rompimento, a pecha da ingratidão de
Flávio pode ser levantada, também, pelo deputado Waldir Maranhão sua régua e
compasso no episódio do impedimento da presidente Dilma Rousseff, no final de
2015, quando Maranhão cumpria a sua orientação, “meteu os pés pelas mãos” e fez
bobagem. Agora, também desprestigiado pelo governo, o ex- vice-presidente da
Câmara Federal vê crescer a chance de Eliziane Gama ser a segunda candidata a
senador pelo grupo de Dino. Resta-lhe juntar-se ao grupo de Zé Reinaldo e
Braide se quiser levar adianta a sua candidatura ao Senado.
Enquanto isso o secretário – chefe de Gabinete, Marcelo
Tavares, já declarara que ficará onde está, ou seja, contra o tio José Reinaldo
e a favor do chefe Flávio Dino que, inteligente como o é deve estar avaliando o
prejuízo político sofrido com o rompimento de Zé Reinaldo e o grande
contingente de aliados que vai abandonar o barco, daqui até quando outubro
chegar.
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