A vez da idiotice


Por João Batista Azevedo (Interino)

Já se ouvem passos das eleições gerais. Haveremos neste ano de escolher do Presidente da República aos deputados estaduais. O pleito em primeiro turno acontecerá no dia 7 de outubro, portanto a pouco mais de três meses. Para a presidência da república muitas candidaturas estão postas, mas quem lidera folgadamente as intenções de votos do eleitorado talvez nem concorra. Falamos de Lula. Em segundo lugar, ou em primeiro, quando o ex-presidente Lula não entra no páreo das pesquisas, está o deputado federal Jair Bolsonaro (RJ). E bem aqui reside o perigo. Explico o porquê da preocupação. Bolsonaro representa a direita mais visceral, aquela que escancara suas posições, especialmente em temas de lei e ordem e “defesa da família” com intransigência. Fala abertamente contra os “homossexuais”, defende a posse de armas e a pena de morte, além de distribuir elogios ao regime militar, a ponto de fazer apologia à tortura. A mensagem de Bolsonaro ressoa especialmente entre os mais jovens, que parecem mais desencantados com a política e, ao mesmo tempo, nunca viram governos de direita radical no poder ou viveram numa ditadura. Segundo o Datafolha, 60% dos eleitores declarados de Bolsonaro têm entre 16 e 34 anos. Isso é extremamente preocupante, porque essas pessoas podem estar comprando gato por lebre ao tomar tal decisão. Por outro lado, se a truculência e o destempero vocabular lhe parecem armas para conquistar votos dos menos esclarecidos, o despreparo e o desconhecimento dos problemas do Brasil e a proposição de soluções lhe são um fardo muito pesado capaz de trazer a reboque e despencar a sua pretensão de ser presidente da república. 

Perfil de um “Direitista”

 Como você se define na política. De direita ou de Esquerda? Segundo Frei Beto, um “direitista” e um “esquerdista” são dois perfeitos idiotas. O direitista, aquinhoado por uma conjuntura que lhe é favorável, envaidece-se com a claque endinheirada que o adula como um dono a seu cão farejador, jamais defende os pobres e, se eventualmente o faz, é para que não percebam quão insensível ele é. Mas nem pensar em vê-lo amigo de desempregados, agricultores sem terra ou crianças de rua. Ele olha os deserdados pelo binóculo de seu preconceito, enquanto o esquerdista prefere evitar o contato com o pobre e mergulhar na retórica contida nos livros de análises sociais. O direitista adora desfilar suas ideias nos salões, brindado a vinho da melhor safra e cercado por gente fina que enxerga a sua auréola de gênio. O direitista posa de intelectual, empina o nariz ao ornar seus discursos com citações; considera que, apesar da miséria circundante, o sistema tem melhorado. O direitista detesta falar em direitos humanos, e é condescendente com a tortura, esbraveja por ver tantos esquerdistas sobreviverem a tudo que se fez para exterminá-los: ditaduras militares, fascismo, nazismo, etc., por fim, um direitista, de alma, nega que o Brasil tenha tido algum avanço e rechaçam até velhas amizades que pensem o contrário de suas ideias.

O Brasil e a Copa do Mundo

Não tem sido das mais animadoras até aqui a participação do Brasil na copa da Rússia.  O excesso de “faniquitos” que impera em nossos jogadores e alimentados pela imprensa oficial fazem da seleção brasileira uma seleção como outra qualquer. Longe de ser uma equipe empolgante, O brasil tem jogado um futebol medíocre, mesmo apesar de ainda não ter perdido nenhum jogo. Mas isso em copa do mundo não quer dizer muita coisa. Ganhar deve ser a palavra de ordem. Ganhar e ganhar bem. Não tomar conhecimento de adversários. É assim que o brasileiro, espalhado nos quatro cantos do país quer ver sua seleção jogar. Não é hora para aparecerem, a não ser pelo excelente futebol que os escolhidos são capazes de jogar. Em sendo o futebol uma paixão nacional, não seria oportuno, nestes tempos de descrença, mais uma decepção ao povo brasileiro, a desclassificação da nossa seleção. 

Feras dos Cursinhos

Os cursinhos pré-vestibulares viveram seu momento áureo nos anos finais da década de 70, permanecendo nos anos 80, 90 e a primeira década dos anos 2000, quando o ingresso nas universidades se dava pelo só então temido vestibular. Nessa esteira de preparação de estudantes para o enfrentamento dos cursos universitários, muitos “cursinhos” existiram (e ainda existem), e uma plêiade de excelentes professores foram e são notáveis neste propósito. O professor José Maria, com o seu “Curso Preparatório José Maria do Amaral” foi um dos pioneiros, ao lado do “Curso Castro Alves” de Alberico Carneiro. Outros como Cipe , Meng, Seleção, Aprovação, Extra, Exclusivo, Paralelo e tantos outros, formavam a rede de opções à classe estudantil que queria entra nas universidades. Com a denominação de “Feras dos Cursinhos” nestes tempos de “whatsap” foi possível aproximar e reunir os grandes mestres que com suas “aulas-shows” marcaram uma fase áurea da vida educacional desta cidade.  Os muitos, hoje doutores, agradecem por demais a estes excelentes professores: Teixeira, Cavalcante, Castro, Bentivi, Zefinha, Alberico, Castro, Furtado, Alistelmam, Veloso, Zé Nilson, Veras, Angélica, Manga, Novais, Othon, Afrânio, Joan, Carvalho, Oduvaldo, Kleber, Evangelista, Vieira, Laudelino, Orlando, Galvão, Teixeirov, Marcone, Renato, Maurício, Pimentel, Jadiel, Zé Carlos, Ferreirinha, Lobão, Manoel Caro, Edivaldo Filho, Jean, Celso Vesgo, Diógenes, Nilson, Luiz Rios, Passinho, Paulo Gereba, J.B., e muitos outros. 

São João no Maranhão

É o ponto alto nestes dois últimos finais de semana de junho os festejos juninos. Grupos folclóricos e o nosso tradicional “Bumba-meu-boi”, em seus diversos sotaques desfilam em arraiais patrocinados pelos governo do estado e prefeitura. Com o fim dos arraiais de bairros, a aglomeração nos locais oficiais ficou mais concentrada, e afastou por conseguintes as pessoas de mais idade ou até mesmo aqueles que não dispões de transporte próprio. Bons tempos aqueles que em cada ponta de rua havia um arraial, onde as quadrilhas juninas e as brincadeiras deslocavam-se a pé entre os bairros. Hoje, apesar de existirem outras quadrilhas, o São João do Maranhão é um dos melhores do nordeste.


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