Um Maio para ficar na história

João Batista Azevedo (Interino) 


Maio de 2018 entrou para a história do Brasil pela passagem de inflamados 11 dias em que uma greve de caminhoneiros asfixiou a nação. Com os veículos de carga parados à beira das estradas de todo o país, a logística foi interrompida. Já no terceiro dia de paralisação, a retenção de caminhões nas rodovias, somada ao bloqueio da Refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas, causaram desabastecimento no Rio Grande do Sul. Faltou combustível, filas imensas se formaram em postos de gasolina, cujas bombas logo secaram, e houve episódios de pancadaria entre consumidores que disputavam os últimos litros. A histeria provocou corrida a mercados em busca de mantimentos. 
A reivindicação dos caminhoneiros despertou simpatia. O alto preço do diesel e a inexistência de tabela de preço mínimo do frete prejudicavam o trabalhador. A população passou a se unir ao movimento, esperançosa de que a pressão rebaixasse o preço da gasolina. E outros setores econômicos que dependem de transporte rodoviário e do diesel aderiram com força total. 
Em 24 de maio, quinta-feira, quarto dia de greve, e até a essa altura subestimada pela República, a greve ganhou a adesão de outros tantos donos de veículos de transportes, como os perueiros, donos de vans de transporte escolar, mototaxistas, etc., que elevaram o movimento a um novo patamar, que colocaria o governo do presidente Michel Temer em xeque. Somado a tudo isso a insatisfação com as estruturas do poder Executivo e Legislativo. 

Por um triz 

Na última terça-feira (29), quando começaram a se agravar os problemas de abastecimento e a greve não dava sinais de ceder, o presidente Michel Temer discutiu com ministros a hipótese de renunciar ao mandato se a paralisação persistisse. Àquela altura, o governo já atendera às principais reivindicações dos caminhoneiros e não tinha mais o que oferecer. A ação do Exército e das polícias militares, formando corredores de segurança nas rodovias, acabou com a greve e garantiu sobrevida a Temer. Na quinta-feira (31), aliviado com retorno progressivo dos caminhoneiros ao trabalho, Temer foi à convenção de pastores da Assembleia de Deus, em Brasília, e discursou em tom de pregação. Acompanhado do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, pré-candidato do MDB à Presidência, Temer comemorou o fim da greve dos caminhoneiros. 

Povo que não sabe o que quer 

Brasileiro é uma piada. Não sabe o que quer. E a prova maior disto é o que se viu agora na greve dos caminhoneiros. Alguns idiotas achando que são os donos da verdade, arrotando perfeição e achando que todo pobre é vagabundo sustentado pelo governo se punham a criticar a luta dos caminhoneiros que reivindicavam a baixa nos preços dos combustíveis que beneficiaria a todos. Numa espécie de “salve-se quem puder” a classe média – a mais sacrificada e atingida nas altas dos preços dos combustíveis, foi a que correu para os postos de combustíveis, enfrentaram filas quilométricas para conseguir alguns litros de gasolina a preços superfaturados. Uma verdadeira idiotice. Esse é o povo que quer mudança? Mas que mudança? É um povo que não sabe para onde quer ir. Para mudar, todos devem se unir, mesmo nas diferenças. Como dissemos em postagem anterior, caso o governo cedesse às reivindicações dos caminhoneiros, a negociação de redução de preços só atingiria óleo diesel, como de fato aconteceu, e o povo, que abastece seu carro com gasolina, assistiria a banda passar. Como passou!

Direita versus Esquerda

A direita está fadada a perder a eleição de 7 de outubro não só por não ter candidato competitivo, mas porque terá de carregar as alças dos caixões de Temer e do MDB, que é o maior partido de direita, porém ignorado ou odiado pela maioria dos eleitores. A direita não tem como ganhar sem o MDB devido à capilaridade nacional do partido; mas ao lado do MDB também não tem como ganhar devido à baixa popularidade do presidente ilegítimo. Ou seja: a direita não tem como ganhar. Nenhum candidato que defender o legado ou o programa de Temer terá como ganhar. Porque ninguém quer que o Brasil continue caminhando em direção ao abismo. 
É uma grande oportunidade, portanto, para a esquerda retomar as rédeas do país, se não se perder no jogo de intrigas e supostas traições em que começa a se envolver depois da prisão de Lula, em vez de deixar que o tempo mostre os melhores caminhos. Dentro ou fora da prisão, Lula é a figura central dessa eleição. Sendo ou não candidato, eleito ou não também continuará sendo a figura central. 

São João Batista: 60 anos 

O município de São João Batista-MA completa no próximo dia 14 de junho 60 anos de emancipação política-administrativa e o prefeito João Dominici, em comemoração à importante data, programou para este dia festivo a entrega do asfaltamento e completa sinalização das ruas da cidade; reforma e acabamento dos serviços da Praça de Olinda dos Aranhas, ampliação e reforma do Posto de Saúde do povoado Olha d'Água dos Bodes, escola do povoado Laranjal. 
Na programação consta também a entrega à comunidade de um trator agrícola e de uma caçamba totalmente reformada e de kit de enxoval para as gestantes. 
O prefeito João Dominici, durante o seu mandato de um ano e seis meses, conseguiu organizar a administração e equilibrar as finanças, pagando em dia o funcionalismo público e os compromissos com fornecedores, em que pese ter recebido a Prefeitura completamente desestruturada e com muitos débitos com energia, precatórios, gasolina, médicos e outros. 
A festa de aniversário de São João Batista começará com uma Missa em Ação de Graças, café da manhã e seguirá com as inaugurações. Parabéns joaninos!

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