É TEMPO DE ARRUMAÇÃO


Em período de convenções partidárias os políticos estão preocupados em fechar acordos e coligações, com vistas às eleições que se aproximam. Nacionalmente o presidenciável Geraldo Alckmin aproveitou a “cochilada” de Ciro Gomes e acertou com os partidos que formam o “centrão” representado pelo menos por 71 deputados federais. As conversas entre Rodrigo Maia, presidente da Câmara Federal (DEM) e o pré-candidato Ciro Gomes caminhavam para a concretização de forte aliança até o ex-governador de São Paulo “entrar no jogo” e ganhar essa importante fatia do eleitorado brasileiro.
O mais importante, nessa negociação é o tempo de propaganda no rádio e na TV que o tucano passa a ter a partir dessa coligação. Ele que contava apenas com alguns segundos de tempo agora terá à sua disposição mais de 6 minutos, o mais elástico de todos distribuído entre presidenciáveis. Esse apoio que Ciro perdeu e que Alckmin ganhou - na opinião de especialistas - deve refletir já nas próximas pesquisas que até então apontavam o fraco desempenho do tucano.
Resolvidos os problemas nos estados Geraldo Alckmin deverá consolidar a sua candidatura e, conseqüentemente, a sua eleição no Brasil e atropelar Jair Bolsonaro, líder das pesquisas no momento, enquanto Lula não oficializa a candidatura dele.
Nesta fase de arrumação os dirigentes partidários estão valorizados pelos pretensos candidatos a cargos eletivos. Enquanto isso o povo continua arredio, sem nenhum entusiasmo para participar da festa democrática marcada para outubro. Na opinião da maioria, o futuro presidente da República será de esquerda com Lula ou de centro com Alckmin. Bolsonaro, para muitos analistas é visto como candidato picolé: vai derreter.

ROSEANA X DINO
As pesquisas de opinião apontam o favoritismo do governador Flávio Dino, mas o grupo Sarney garante que Roseana tem condições de derrotar o governador no segundo turno, se houver. Ninguém pode nem deve subestimar a capacidade do cacique em inventar “fato novo” para desgastar adversário e favorecer politicamente a família, mas, desta vez – garantem os comunistas – “estamos atentos e seguindo os passos do cacique de Maguari 24 horas por dia”.

ROBERTO ROCHA
Na medida em que a candidatura de Alckmin melhora no cenário nacional, surgindo a possibilidade de vitória, a candidatura de Roberto Rocha provoca maior interesse por parte dos oportunistas de plantão. Zé Reinaldo Tavares que é amigo do presidenciável tucano, também, ficou animadíssimo com o apoio do Centrão, que para ele reforça a uma candidatura que tem tudo para ser vitoriosa.

PTB MARANHENSE
O deputado federal Pedro Fernandes, presidente estadual do PTB, mantém apoio à reeleição do governador Flávio Dino, mesmo que o partido, no plano nacional acerte a coligação com o PSDB. Significa dizer que o candidato ao governo pelo partido, Roberto Rocha não será apoiado por Fernandes, muito menos pelo seu filho, vereador Lucas Fernandes, candidato a deputado federal no lugar do pai, nas eleições deste ano.

COBERTURA DOS BLOGS
Roseana tem um grupo significativo de blogueiros que se encarregará de divulgar atos e ações da sua campanha pelo Maranhão. O governador Flávio Dino, também, conta com o apoio de muitos deles. Tudo bem. Torcemos, apenas, para que cada um cumpra com a sua missão, sem agressões mútuas, mas dentro de uma linha de respeito aos candidatos. Deixem as “brigas” para os debates, entre eles mesmos. O embate é democrático e cada um dos candidatos sabe de suas responsabilidades e os compromissos que devem assumir e cumprir com a população já bastante desconfiada com todos eles.
Da minha parte eu quero continuar independente sem assumir a defesa e muito menos a acusação a qualquer um dos candidatos. Informar aos leitores e seguidores do blog do Jersan é o meu compromisso, até porque qualquer pessoa que criticar o governador é logo rotulada de sarneysista, uma idiotice sem precedente.

HOMEM PÚBLICO
Todo homem público está passivo a críticas e ninguém pode ser arvorar de intocável. Eu militei por décadas na política sempre na oposição, nunca apoiei nenhum governo que tinha a influência ou a participação do ex-presidente Sarney. Por muito tempo acompanhei Isaac Dias, Freitas Diniz e prestei a minha humilde colaboração a favor da redemocratização do país como defensor intransigente das liberdades no período de exceção quando poucos tinham coragem de se manifestar publicamente contra o regime.

CASTELO E ZÉ REINALDO
Fui amigo de João Castelo (de saudosa memória) a partir do momento em que ele rompeu com o clã Sarney o mesmo acontecendo com Zé Reinaldo Tavares quando a oposição se uniu e o apoiou na saudável luta que culminou com a decaída do poderio Sarney no Maranhão. Sinto-me livre para emitir opções sobre qualquer governo, mesmo aquele que venha a merecer a minha solidariedade. Discordar de atos considerados equivocados de um governo, não significa, necessariamente, ser contra ele. Afinal para que serve a imprensa? Só para bajular,  atacar? Não o seu papel fundamental é informar a opinião pública. Ou não?  

                 

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