Por João Batista Azevedo
(Interino)
Ferve em alta temperatura o caldeirão dos aliados do
presidente eleito Jair Bolsonaro, notadamente com os neófitos eleitos pelo seu
partido, o PSL. Para o senador eleito Major Olímpio (PSL-SP), a responsável
pelos desentendimentos na bancada do partido que vieram à tona na última
quinta-feira (6) é Joice Hasselmann (PSL-SP), jornalista que se elegeu em
outubro como a deputada mais votada da história da Câmara. Nesta sexta-feira (07), a deputada eleita
rebateu o desafeto desde as épocas de campanha eleitoral e o acusou de ser o
responsável pela confusão. Sem nenhuma experiência no trato com a política, a
deputada quer chamar pra si os holofotes que a tornaram conhecida no jornalismo
político e nas redes sociais.
O clima já era notado na primeira reunião dos recém-eleitos
parlamentares do PSL. Joice Hasselmann
se apresentou como principal articuladora com as demais legendas, sem ser
designada para isto, citou explicitamente que vários parlamentares do próprio
partido estariam incomodados com a inacessibilidade de Jair Bolsonaro e do
futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), e garantiu que
estaria neutralizando a situação com a ajuda de Jair Bolsonaro.
A briga ficou mais séria quando o filho do presidente,
Eduardo Bolsonaro também entrou no meio da confusão. Embalada pela expressiva
votação que teve, Joice pensa que isso a credencia para assumir a liderança do
partido na câmara na frente de deputados já experientes. O angu está formado.
Magno Malta: o decepcionado
Considerado o “vice dos sonhos” no início do pré-campanha
eleitoral, o senador Magno Malta (PR-ES) ficou de fora do primeiro escalão do
presidente eleito, Jair Bolsonaro. O senador pelo Espírito Santo Magno Malta
foi figura marcante desde antes da campanha. Defensor ardente da campanha a
presidente do Jair Bolsonaro, o até então senador Magno Malta esteve presente
nas andanças e foi o responsável por alianças significativas de setores das
igrejas evangélicas à candidatura do presidente eleito. Alguns analistas, e o
próprio Malta, alegam que este dera mais importância à campanha presidencial do
que a sua própria reeleição a senador. Atingido também por denúncias de ter
forjado denúncia a uma pessoa de ter cometido crime de pedofilia no Espírito
Santo, mas que fora inocentado, o senador viu a sua reeleição escapar-lhe por
entre os dedos.
Sobrou então a esperança de que pudesse ser convidado para
assumir um Ministério. Resultado: Nem mel, nem cabaça. Perdeu a chance de se
tornar vice-presidente da República e também não se reelegeu. O apito final
nessa questão foi dado pelo próprio Bolsonaro que disse que o amigo não seria
anunciado ministro pois não atendia ao perfil de ministeriável. Mui amigo!
Vice não manda
Pra não fugir à regra no meio político, o presidente eleito,
Jair Bolsonaro (PSL), impôs uma “lei do silêncio” ao seu vice, general Hamilton
Mourão. A recomendação é para que o militar adote uma postura mais discreta e
deixe que Bolsonaro seja o centro das atenções, sendo o único porta-voz do
futuro governo.
Além da trava verbal sugerida, o general da reserva não
deverá ter espaço para atuar no governo. “Pelo desenho atual da estrutura, a
vice-presidência não terá nenhuma secretaria subordinada ou atribuição
predefinida. Após a vitória em segundo turno, chegou-se a especular que Mourão
teria um papel de ‘gerente’ do governo, coordenando os ministérios. Porém, a
recomendação é que o vice só responda às demandas específicas de Bolsonaro,
quando for solicitado”.
Como se vê, as coisas não começam muito bem no governo
Bolsonaro. É visível a autofagia e a ciumeira entre os membros do governo em
formação.
Presente de grego
Não caiu muito bem o projeto de lei enviado pelo governo
Flávio Dino e que foi aprovado pela Assembleia Legislativa em regime de
urgência que aumenta as alíquotas do ICMS no estado. Para muitos foi um
presente de grego à população maranhense, principalmente aos que o elegeram
para um segundo mandato, de um governo que acabou de ser reeleito ainda em
primeiro turno. Esse aumento incidirá notadamente sobre os preços dos
combustíveis, dos refrigerantes e cervejas. Os comentários foram os mais
negativos possíveis, sobretudo em um Estado que tem as piores estradas, quase
ou nenhuma indústria e tem a sua população ativa trabalhando, em grande maioria
na informalidade. Ficou mais nebuloso ainda quando, recentemente o governo foi
acusado de meter a mão no caixa dos aposentados, o FEPA, gerando uma ameaça de
que o governo não teria como honrar compromissos salariais com os aposentados
para o ano de 2019. É esperar pra ver.
Confraternizações
Como de regra no mês de dezembro acontecem as muitas
confraternizações dos amigos e familiares, das instituições, repartições, ou
mesmo dos que costumam dividir as mesas de bares nos finais de semana. São as
festas do Natal. Registramos duas confraternizações marcantes ocorridas ontem,
sábado. A do Fórum da Baixada Maranhense ocorrida na cidade de Viana e a dos
professores de cursinhos pré-vestibulares, que se uniram a partir de um grupo
de whatsapp denominado Feras dos Cursinhos, ocorrida na chácara do professor
Jorge Passinho. Para o próximo final de semana os amigos da cerveja pretendem
se reunir em mais uma confraternização na churrascaria do Roberto, na curva do
90. A todos, boas e alegres confraternizações!
Nenhum comentário
Postar um comentário