DESMONTE NA SAÚDE PÚBLICA

O Governo do Estado fez, através do secretário de Comunicação e Gestão Pública, um balanço positivo da administração do governador Flávio Dino (PCdoB), nos últimos quase quatro anos. Contraditando essa avaliação, os fatos mostram que a Saúde Pública no Estado sofreu verdadeiro desmonte, conforme denúncias de profissionais da área destacando a demissão de médicos, falta de medicamentos de responsabilidade do governo nas unidades hospitalares; aumento significativo de famílias que vivem abaixo da linha de pobreza; corredores de hospitais lotados por falta de vagas: enfermarias e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), ocasionando a morte de muitos pacientes.
Por mais bem intencionado que seja o Governo, nessa área a situação permanece igual à década passada, quando os gestores eram denunciados por não tomar providência no sentido de oferecer tratamento digno aos pacientes do sistema público de saúde. Ademais, com relação à falta de medicamentos especiais que deveriam abastecer os hospitais, indispensáveis no tratamento do câncer, por exemplo, constantemente faltam e interrompem o tratamento de quem sofre com a doença. Falta planejamento da Secretaria de Saúde ou negligência do gestor?
O contingente de famílias que sofrem de fome, também, aumenta a cada ano, fato que atesta a ineficiência dos Programas Sociais do Governo, programas esses que ocuparam grandes espaços na mídia e gastos exorbitantes de milhões de reais aos cofres públicos. 
Por outro lado, existem pacientes que, orientados pelos próprios médicos, recorrem à Justiça para conseguirem medicamentos e leitos nos hospitais de referência, ganham a causa, mas não ganham atenção do governo (municipal ou estadual) simplesmente porque, alegam os gestores, não dispor de recursos para possibilitar tal cumprimento da decisão judicial e tudo fica do mesmo jeito. Decisão da Justiça dizem os sábios, não se discute, mas, se cumpre. Porém, como se todas as autoridades estivessem comprometidas entre si, fica por isso mesmo e a “punição” recai apenas sobre as vítimas dos daqueles que deveriam ser responsáveis pela vida dessas pobres criaturas.
A situação dos chamados “socorrões” responsáveis pelo atendimento médico de urgência é vergonhosa: greves são decretadas, faltam medicamentos por falta de pagamento de fornecedores, gente, muita gente nos corredores em macas ou cadeiras é o retrato triste que se observa nessas unidades hospitalares e, mais uma vez, a Justiça determina que o problema seja solucionado e não é respeitada.
Os processos se amontoam nas Varas pertinentes, a Prefeitura ou o Governo do Estado recorrem e nada mais acontece. O poder executivo dá as cartas e a Justiça estanca as providências que deveriam ser tomadas. Quanto aos necessitados de atendimento digno e humanitário se contentam em esperar a morte chegar. Pergunta-se: O Maranhão tem jeito?

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