Conferindo os dias


Tranqüilo, o governador José Reinaldo, que ocupou muito tempo defendendo-se das acusações de oligarquia Sarney, começa a traçar planos para administrar o Estado. As estradas, quase todas em estado precário, são suas maiores preocupações. Precisam ser recuperadas já. Em outra posição, o ex-mandachuva do Maranhão tenta se recuperar da derrota esmagadora que sofreu na Assembléia Legislativa, embora tente hoje convencer os maranhenses de que não esteve envolvido no processo que culminou com a vitória do deputado João Evangelista, com o apoio do governador José Reinaldo.

A partir de agora o Maranhão começa a respirar o ar da liberdade. Reinaldo também, o jabarandaia de então demonstra-se cansado e decepcionado. Mas decepcionado com quem? Por quê? Pelo que não fez a favor da sua terra ou pelo que fez contra ela? Teve todo o tempo e todo o poder para fazer o bem, no entanto, cuidou, apenas, da sua família, construiu um império no setor das comunicações que, por décadas, teve o beneplácito do Poder Público. E o povo? ... E ao povo, quais benefícios foram destinados além das mensagens demagógicas de um célebre oportunista?

Com apenas dois anos à frente da administração, José Reinaldo fez o que nenhum outro governador do período oligárquico teve coragem de fazer: enfrentar Sarney e dar aos brasileiros a oportunidade de conhecer a verdade sobre os esquemas que funcionavam com o dinheiro público em favor de interesses espúrios desse grupo que dominava o Estado.

Agora acabou. Todos conhecem Sarney. Resta-lhe, através do seu jornal, conferir os dias que faltam para acabar o governo Zé Reinaldo. A intenção é incutir na opinião pública que a “Sarneisada” poderá voltar. Enganam-se os que pensam assim. O jornal deve reservar desde hoje esse espaço para enquanto durar, porque depois de 2006 outros “Reinaldos” virão para continuar a limpeza em curso.

Não há mais lugar para malfeitores. A população, libertada, vai decidir o seu próprio destino. E não vai errar. Os ventos começam a soprar sem muita poluição como antes. A oligarquia, já era! Virou fantasma. Mas longe de ser um “fantasminha camarada”, ainda causa horror e nos conduz a tristes lembranças.

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