NOSSO AZAR

*Lourival Pinheiro

A Copa do Mundo deixou um azar no Brasil, que não tem pai de santo nem vó de santo que cure. Agora mesmo com a morte de Eduardo Campos, candidato à presidência da República, tivemos a perda do mais precioso premio que íamos ganhar, isso se não fosse a costumeira promessa vazia. Na entrevista que deu ao Jornal Nacional, ele encheu o povo de esperança quando disse que através de uma emenda à Constituição iria fazer uma reforma no Poder Judiciário. No meu entender o Judiciário é o mais nobre dos Poderes de uma nação, é de lá que emana o mais precioso bem da humanidade e o mais sublime ato do homem, a justiça. Não é possível que sendo os Três Poderes independentes entre si a Constituição no Art.84 autorize o Poder Executivo intervir no Judiciário nomeando seus Ministros. Eu acho que a prerrogativa de nomear Ministros do Poder Judiciário deveria ser do próprio Poder Judiciário, para uma independência transparente. Assim como o Poder Judiciário não nomeia Ministros de Estado,os direitos deviam ser iguais. Sendo assim dá a impressão que a Constituição foi feita para um país democrático. E o povo que espera da Constituição sua tutela, esta está lá para tutelar os poderosos. Se a intenção de Eduardo Campos, era reverter este desequilíbrio, espero que este belo gesto não tenha sido sepultado com ele.

*Membro da Academia Sambentuense

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