MUDANDO DE OPINIÃO


Há cerca de dois anos, o Brasil repudiou o afastamento, por decisão da Câmara Federal e, posteriormente, pela maioria dos Senadores, da presidente Dilma Rousseff (PT) e a consequente posse do vice-presidente Michel Temer (MDB) no cobiçado e importante cargo de presidente da República. Enfrentava-se, à época, a maior crise de ordem política, econômica, social e moral. Os oposicionistas do PT e PCdoB, especialmente protestavam da tribuna do Congresso Nacional acusando os defensores da ação que culminou com a troca de poder tentando, de todas as formas, reverterem à situação defendendo a anulação do “golpe” – consumado contra a petista. Temer foi achincalhado, tachado de incompetente, ilegítimo, desonesto, impopular.
Alguns atos, como a liberação do FGTS, PIS e BASEP, colocaram no bolso dos trabalhadores mais de R$ 50 bilhões e a economia brasileira começou a respirar. Mesmo timidamente a taxa do desemprego diminuiu, os investimentos cresceram assim como a confiança dos brasileiros que viram no empreendedorismo a saída para sua sobrevivência. Constata-se, agora, apesar de o rombo nas contas públicas permanecer crescendo, que o governo conseguiu equilibrar e vislumbrar um futuro mais promissor para o país.
A vitória de Jair Bolsonaro (PSL) deixou parte da população e a esquerda em polvorosa. A fama do futuro presidente causava tanto medo como a que se tinha dos comunistas naquela época em que eram acusados de “comer criancinhas”. A acusação contra Bolsonaro, porém, versava sobre o ódio que ele “nutre” contra negros, homossexuais dentre várias outras, como o intuito de transformar a democracia em ditadura de direita.
Com o passar dos dias, no entanto, o futuro presidente demonstra pelas suas declarações e atitudes que respeitará os ditames da nossa Constituição Cidadã, especialmente quanto ao respeito aos direitos humanos. Tem defendido direitos iguais para todos independentemente da cor, raça, religião ou preferência sexual. A guerra que pretende enfrentar visa diretamente à corrupção e o crime organizado, que já vitimaram e continua vitimando a população brasileira e o país.
Esqueceram-se os petistas e comunistas, críticos do Bolsonaro, de que qualquer mudança na forma ou regime de governo não pode ser feita sem a participação do Congresso Nacional; que as instituições estão fortalecidas e solidificadas e que não há clima para um golpe militar a la 1964. Que as decisões de Bolsonaro, sobretudo na escolha de nomes que vão compor o seu Ministério, estejam de acordo com a vontade dele – como afirma – em realizar um governo voltado para os interesses do Brasil. E que se curvem os precipitados julgadores.
A maioria dos fervorosos acusadores de Michel Temer, já admite que ele não seja mais o demônio pintado pelos saudosistas do poder, amigos da candidata derrotada ao Senado por Minas Gerais, Dilma Rousseff. Mudou de opinião...
Os brasileiros confiam no trabalho do juiz Sergio Moro à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A corrupção e o crime organizado darão lugar à maior credibilidade à classe política e à segurança e tranquilidade da Nação. Abaixo a desonestidade e a violência!

VELHA POLÍTICA
Reclamava-se muito das práticas adotadas pelos governos passados que, por qualquer motivo não via com bons olhos um prefeito do interior, por exemplo, prestigiavam os adversários deste, e passavam a realizar obras públicas, sem considerar a autoridade do administrador local. Empolgados e achando-se “o rei da cocada preta”, o “dono da obra”, geralmente neófito na política, logo procurava um partido político para através deste lançar a sua candidatura à Prefeitura, quando na verdade não teria votos suficientes nem para se eleger vereador...
Acontece que essa “velha política” tão combatida e repudiada no passado, continua em pleno vigor no Brasil, e no nosso Maranhão não é diferente. As pessoas acham que precisam prestar serviço mesmo que não seja da sua alçada ou competência, para adquirir a simpatia popular e se tornar, assim, competitivo na política. Errado, pois somente a confiança da população e o respeito ao cidadão supostamente interessado em ser político poderão levá-lo a alcançar seus objetivos.
Por outro lado, uma obra pública só seria “convertida” em votos se fosse executada levando em conta a viabilidade técnica. Fazer por fazer sem essa observância principal, para depois ser destruída por uma chuva forte, além de ser irresponsabilidade de quem a fez/faz ou autorizou/autoriza, é causar prejuízos aos cofres públicos. E jogar o dinheiro do povo no ralo não é e nem nunca será uma decisão correta de um gestor público. Pensava-se que não se praticava mais isso no mundo de hoje, mas infelizmente continua no interior afora a atender amigos do poder ou subservientes do governo.
Obras eleitoreiras sempre foram recebidas com desconfiança pelas comunidades supostamente beneficiadas e o cidadão comum que se intitula e geralmente o “dono do feito”, pode até levar algum tipo de vantagem, mas eleitoral nunca jamais.

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