O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) surpreende ao
colocar no Ministério da Justiça e Segurança Pública o conceituado e
respeitado, juiz Sergio Moro, com a recomendação de continuar, como prioridade
do seu governo, o combate à corrupção e ao crime organizado. O PT, PCdoB e Psol
aproveitam a decisão de Moro ao aceitar o convite para colocar nele a pecha de
político que agiu na Operação Lava Jato, com o propósito de, no futuro governo,
ser convidado e aceitar se transferir para o Poder Executivo; que trabalhou
como político e não como juiz, esse desfeche para a sua vida. Ao saber da reação dos petistas, Bolsonaro
ironizou: “Se o PT criticou estou no caminho certo”.
Mas quantos membros da magistratura já fizeram isso e nem
por isso foram acusados, inclusive integrantes dessas legendas? Quer dizer que
eles podem, outros não? Na verdade o desespero do PT, particularmente, é porque
“o pau vai cantar” contra a corrupção e o crime organizado no Brasil, e os
brasileiros estão felizes porque não agüentam mais tamanha impunidade que ainda
persiste, apesar das ações da Lava a Jato.
Como eleitor, considerei e comentei neste espaço que Haddad
e Bolsonaro foram as duas piores opções para o segundo turno das eleições de
outubro de 2018. Não votei em nenhum, mas, diante da revolta dos derrotados com
a escolha de Sérgio Moro para o Ministério da Justiça e Segurança Pública,
entendi que a pauta do PT era deixar tudo como esta e, se possível, colocar
Luis Lula da Silva em liberdade e apto a voltar à vida pública. Bom pra eles,
mas, péssimo para a Nação.
Como jornalista, sinto-me com o direito de exercer a
liberdade para expressar a minha aprovação à lúcida escolha, baseado no
sentimento da maioria dos mais respeitáveis segmentos das classes política,
judiciária, empresarial e da sociedade em geral, que aprovaram essa indicação,
e, muito mais, ao juiz Mouro por ter aceitado o grande desafio de colocar de
volta a esperança de que o crime não mais terá lugar de destaque no Brasil e
que será combatido de acordo com as leis vigentes, respeitando os ditames da
Constituição Cidadã.
Não devemos esquecer que foram dezenas de bilhões de dólares
roubados da Petrobrás e de outras instituições brasileiras, culminando com a
grave crise econômica, política e moral que aflige ainda hoje o nosso país que
felizmente, mesmo de forma tímida começa a mostrar crescimento na nossa
economia e no emprego e renda dos brasileiros. No entendimento de renovados
analistas e observadores o futuro presidente indica que fará um governo voltado
para os interesses do Brasil sem considerar posição ideológica – como garante
Bolsonaro.
A fusão dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente é
rechaçada pela totalidade dos segmentos ligados direta ou indiretamente ao tema
e o presidente já admite rever a sua posição o que não deixa de ser uma atitude
democrática.
Esperar para vê o que vai acontecer a partir da posse do
novo governo e as medidas que encaminhará à apreciação da Câmara e do Senado, a
atitude mais prudente que a Oposição deveria tomar. Precipitação não é sinônimo
de coerência, senhores!
AGENDA DE BOLSONARO
A partir de terça-feira (6) o presidente eleito Jair
Bolsonaro (PSL) estará em Brasília para cumprir agenda que inclui encontros com
o presidente Michel Temer (PMDB), presidente do Supremo Tribunal Federal e
outras autoridades. Com Temer Bolsonaro tratará, na oportunidade, do fechamento
de detalhes sobre a equipe de transição e instalação dela para que sejam
iniciados os trabalhos pertinentes. O novo presidente vai acompanhado dos
principais assessores, como o futuro ministro – chefe da Casa Civil.
Tudo indica que o futuro governo está disposto a dialogar
com todas as autoridades e debater democraticamente os problemas nacionais,
buscando soluções racionais e eficazes para por fim a essa situação de caos que
existe hoje no Brasil e transmitir sentimento de confiança no país. Os
investidores reagiram positivamente à escolha do juiz Sergio Moro para o
Ministério da Justiça e da Segurança Pública, tanto que no dia do anúncio a
Bolsa de Valores subiu e o dólar caiu: “Um bom sinal” – dizem renomados
economistas ouvidos pela imprensa.
O diálogo e o respeito à Constituição deverão nortear o novo
governo e isso é salutar. As medidas anunciadas, a determinação de combater a
corrupção e o crime organizado agrada a maioria da população brasileira e
reflete positivamente no exterior onde existem, no setor empresarial, interessados
em investir no Brasil.
Por não ser economista, o colunista não se arriscaria em
aprofundar esse tema, mas, ao ouvir os analistas e especialistas da área,
sugere que a Oposição se mantenha atenta, sem precipitar posições radicais
contra um governo que nem tomou posse, mas que, pelas ações anunciadas, indica
que pretende caminhar no rumo certo.
Embora não tendo votado nele entendo, hoje, entender ser
previsível um futuro, uma vez concretizadas as promessas e propostas
anunciadas, muito melhor para todos. Que assim seja!
À Oposição cabe a importante missão de fiscalizar e
denunciar quaisquer irregularidades ou atitudes autoritárias ou antidemocráticas,
mas, “deixa o homem assumir!”...
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