PARTE 3
O governador Flávio Dino conhece a trajetória tortuosa do seu amigo Josimar de Maranhãozinho há alguns anos.
Pela informação que foi passada ao blog por uma fonte confiável, em 2016 o secretário de Segurança do Estado Jeferson Portela acionou o Serviço de Inteligência da Polícia Civil para investigar Maranhãozinho. De pose do sigiloso documento o governador chamou o meliante, conversaram bastante e, pelo que se comenta, nada foi feito para conter o avanço das ações criminosas do deputado. E os fatos confirmam isso.
Uma vez confirmada essa informação, o governador perde a autoridade moral para denunciar o "uso indevido" da Agência Brasileira de Informações (ABIN), pelo governo do presidente Bolsonaro, para resolução de problemas pessoais. Dino acrescenta que se “confirmada a acusação, é considerado crime comum e ato de improbidade administrativa que pode abrir precedente para o impeachment do presidente por responsabilidade.”
Como se diz que “o pau que bate em Chico bate em Francisco”, o governador está sujeito às mesmas penas por usar o Serviço de Inteligência da Polícia para investigar um parlamentar, de quem se tornou amigo e correligionário, despejando dinheiro na campanha eleitoral para favorecer os seus candidatos e os de Flávio Dino, como Duarte Junior, a quem Maranhãozinho teria repassado R$ 2,2 milhões.
Denúncias e críticas devem ser feitas por quem se preocupa com os destinos do Estado e com a prática correta de atos e ações por parte das autoridades, para tanto o autor precisa ser correto nos seus procedimentos. O que não é o caso, pois o governador critica o suposto uso indevido da ABIN e usaria o Serviço de Inteligência da Polícia local, para os mesmos fins, e, talvez, objetivos.
Caso a denúncia de Flávio Dino tenha desdobramentos e exija apuração, o mesmo deveria acontecer com os atos que ocorrem no Maranhão, para haver justiça. Que se puna Bolsonaro e companhia, mas também que não deixem Flávio Dino navegar em calmaria, promovendo ondas gigantes que ameaçam afundar o Maranhão.
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